O conflito russo-ucraniano impôs aos combatentes de ambos os lados novas formas de empregar seus meios blindados. Isso não se refere apenas a táticas e estratégias, mas também à proteção dos veículos de combate. O caso mais evidente é o dos tanques de batalha principais (MBT), que, tanto do lado russo quanto do ucraniano, têm sido alvo de novos veículos aéreos não tripulados e munições vagantes, levando à adoção de novos sistemas de proteção. Alguns desses sistemas são mais rudimentares, como as conhecidas grades antidrone, enquanto outros são mais sofisticados. Esse é o caso da recente apresentação oficial pela Uralvagonzavod do primeiro tanque T-90M das Forças Terrestres Russas equipado com o sistema de proteção ativa (APS) Arena-M.

Durante a jornada de 5 de fevereiro, um vídeo que rapidamente se tornou viral nas redes sociais revelou que a empresa Uralvagonzavod, principal fabricante de tanques das Forças Terrestres Russas, apresentou um T-90M equipado com o novo sistema APS Arena-M T09-A6-1.

Oficialmente apresentado durante a Feira ARMY 2024, o Arena-M é o novo sistema de proteção ativa desenvolvido pela Uralvagonzavod para proteger os tanques das Forças Terrestres contra mísseis guiados e foguetes. Embora tenha sido mencionado que o foco principal dos contratos de modernização esteja nos T-90M, a empresa indicou na ocasião que também há planos para equipar as variantes mais modernas dos T-72B3M e T-80BVM.

Em relação ao seu funcionamento, com base nas informações disponíveis até o momento: “Seu funcionamento consiste na detecção da ameaça por meio de um radar Doppler (com cobertura de 360°), após o que pequenos explosivos são rapidamente acionados (em 0,07 segundos) e detonam próximos à trajetória do projétil inimigo, neutralizando-o antes que atinja o alvo e garantindo a integridade da blindagem.” Esse mecanismo já havia sido detalhado em agosto do ano passado, quando foi anunciado o início dos trabalhos de integração do novo sistema APS nos T-90M.

Embora não tenham sido fornecidos mais detalhes, é provável que o Arena-M opere em conjunto com outros sistemas de proteção já presentes nos tanques russos, como as contramedidas eletro-ópticas Shtora-1, sendo ainda complementado por sistemas de camuflagem óptica Nakidka. A combinação desses sistemas, junto com proteções físicas mais simples, como as grades antidrone e blocos de blindagem reativa adicional, tornou-se um padrão obrigatório para as unidades de tanques das Forças Terrestres Russas.

No entanto, à medida que o desenvolvimento do Arena-M avança e sua possível produção em série se aproxima, surgem algumas dúvidas. Entre elas, destaca-se o alto custo do sistema em comparação com outras soluções de proteção, o que pode limitar sua adoção em larga escala no momento.

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