Após a confirmação de seu desdobramento no Mar do Sul da China durante o mês de dezembro passado, o destróier USS Preble (DDG-88) da Marinha dos EUA foi observado enquanto realizava os primeiros testes de tiro do novo sistema a laser HELIOS, cujas primeiras imagens foram publicadas pelo U.S. Center for Countermeasures (CCM). A novidade está em linha com o estipulado no relatório anual da instituição, publicado em janeiro, no qual se afirma que a Marinha norte-americana testou o funcionamento e a capacidade do sistema para neutralizar UAVs.
Nesse sentido, o documento mencionado registra o seguinte: “O CCM apoiou a demonstração da Marinha no USS Preble (DDG 88) para verificar e validar a funcionalidade, o desempenho e a capacidade do HEL com sistema integrado de vigilância e ofuscamento óptico contra um alvo aéreo não tripulado. O CCM coletou imagens dos confrontos para apoiar a avaliação do desempenho do sistema.”

Vale lembrar que o USS Preble é o primeiro navio da Marinha dos EUA a ser equipado com o sistema HELIOS, cujo design é atribuído à empresa Lockheed Martin. Trata-se de um armamento avançado de energia, que confere aos destróieres norte-americanos a capacidade de enfrentar ameaças aéreas por meio de um laser que gera cerca de 60 quilowatts, além de já estar integrado ao sistema de combate Aegis do navio, aprimorando suas capacidades de detecção e rastreamento de alvos potenciais.
Por enquanto, a publicação desses testes mostra que a Marinha dos EUA avança firmemente na obtenção de uma nova capacidade de defesa para seus navios, com foco nas ameaças assimétricas que dominam os campos de batalha modernos e que exigem soluções mais custo-eficientes do que os atuais sistemas de defesa baseados em alternativas cinéticas. Em outras palavras, a integração do sistema HELIOS nos navios norte-americanos, caso supere com sucesso os testes aos quais está sendo submetido, representará a obtenção de um armamento com capacidade virtualmente ilimitada de disparos e a um custo consideravelmente menor do que as soluções baseadas em mísseis.

Por fim, em linha com o exposto, é importante lembrar que os marinheiros norte-americanos não são os únicos à espera da aprovação desse tipo de arma a laser. Para citar alguns exemplos, a Marinha da China revelou em agosto do ano passado um de seus navios de assalto anfíbio Tipo 071 equipado com uma cúpula que abriga seu próprio sistema de defesa a laser, enquanto o Reino Unido se prepara para começar a fornecer os sistemas DragonFire aos navios da Royal Navy até 2027. Além disso, vale mencionar que as empresas europeias MBDA e Rheinmetall também avançam no desenvolvimento de um novo sistema a laser, tendo já realizado os primeiros testes na fragata F124 “Sachsen” da Marinha da Alemanha.
Imagem de capa: U.S. Center for Countermeasures.
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