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Decreto de Lula da Silva: Brasil amenaza a Paraguay y vecinos
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<blockquote data-quote="Ronaldo" data-source="post: 612899" data-attributes="member: 3671"><p>No caso da usina de Itaipu também se deve ter em conta todos os detalhes para poder analisar adequadamente o problema:</p><p></p><p>Não importa que o Brasil ou o Paraguai pudessem pagar sozinhos pela usina. Ela fica na fronteira entre os dois países, então foi necessário um acordo para poder represar o rio inteiro;</p><p></p><p>A maior parte da energia consumida pelo Paraguai é produzida por essa usina. Independente do valor pago/cobrado pelo Brasil, caso ela não existisse, o Paraguai precisaria de uma fonte alternativa de energia, e ela teria um custo;</p><p></p><p>Que eu saiba, apesar da famosa dívida contraída pelo Paraguai pela construção da usina, após o pagamento desse valor ele recebe algum saldo. Ou seja, recebe energia elétrica "grátis" e ainda recebe algum lucro. Independente da discussão sobre esse lucro, a alternativa de não ter a usina (supondo que ela fosse destruída ou tivesse a produção interrompida) seria pior.</p><p></p><p></p><p>Quanto ao acordo da dívida da usina:</p><p></p><p>A posição oficial do Paraguai é de que o valor cobrado pelo Brasil pela dívida é injusto, mas o Brasil não quer renegociar (isso é obvio, pois independente de ser justo ou não, o país teria que pagar mais).</p><p></p><p>Se a usina estivesse totalmente em território paraguaio, o governo de lá (daí?) poderia fazer aquilo que já virou moda em outros países: invadir e expulsar os "imperialistas brasileiros". Como a usina também está em território brasileiro isso não é uma opção, pois seria uma invasão territorial. Isso também acarretaria o risco de interrupção, mesmo que temporária, do fornecimento de energia para ambos países, e eu nem preciso dizer o quanto isso seria problemático.</p><p></p><p>Supondo que o governo do Paraguai nunca tenha cogitado essa alternativa, e queira agir estritamente dentro da lei, só existe a alternativa de esperar o vencimento formal do tratado. Pode até se alegar que o tratado seja imoral, mas ilegal não é, e legalmente ele tem uma data de expiração: 2023. Nessa data, o Brasil será forçado a renegociar. Então, a discussão se resume ao que acontecerá até lá.</p><p></p><p>Independente da renegociação do tratado, o Paraguai continuará recebendo energia e dinheiro até lá. Mas a atitude do Paraguai, nesse período de tempo, é que vai interferir no possível futuro energético do nosso país, e também no futuro do Paraguai.</p><p></p><p>Quando o tratado vencer, o Paraguai estará livre para vender a energia ao país que fizer a melhor oferta. Porém, ao vender energia ao exterior, o Paraguai deve ter em conta o seguinte: a energia vendida ao exterior SEMPRE terá um valor menor que o da energia gerada domesticamente pelo outro país. Por que? Pela "inseguridade" de depender de uma fonte estrangeira de energia.</p><p></p><p>Quando se paga pela energia elétrica gerada por uma usina hidrelétrica não se está pagando pela energia em si, que é virtualmente ilimitada. Paga-se pelos custos de geração da energia + lucro da operadora + impostos.</p><p></p><p>Quando a energia é gerada em outro país, o lucro e o custo da geração de energia ficam lá, juntamente com os impostos sobre esses dois. Isso, por si só, já é um incentivo para o governo construir usinas locais (poder arrecadar mais imposto). Agora, some a isso a possibilidade de interrupção no fornecimento. Isso é inaceitável pro governo, pois faz ele perder votos; e isso é inaceitável para os usuários da energia, pois em última instância eles estão sendo chantageados, e não sabem até aonde o outro país vai subir o preço ou até quando irão receber energia.</p><p></p><p>O que irá acontecer se o Paraguai apertar demais o Brasil antes do vencimento do tratado? O Brasil sabe que, quando o tratado vencer, o Paraguai terá um instrumento legal para fazer sua ameaça valer (no caso, vender a energia a outro país). Se a energia fornecida pelo Paraguai custar mais que a energia gerada aqui, o Brasil construirá usinas localmente, pois será mais barato. Se a energia paraguaia custar o mesmo que aqui, ainda assim o governo construirá usinas aqui, pois poderá arrecadar mais imposto e será mais seguro (em termos de continuidade do fornecimento). O único motivo que faz com que o Brasil não tenha buscado alternativas ao fornecimento de Itaipu é o fato do valor da energia ser menor.</p><p></p><p>Se quiser um exemplo prático, podemos citar o caso da do gás natural da Bolívia: quando houve a "renegociação" do valor do gás pago pelo Brasil (renegociação forçada que o país não pode evitar, já que não tinha substituição imediata e já que o gás não era produzido aqui), o governo acelerou os projetos de extração futura de gás natural aqui no Brasil, sabendo que não pode mais ser pego com as calças na mão.</p><p></p><p>E isso considerando o caso do gás natural, que é um recurso finito. Quem gastar, gastou, quando acabar, acabou. No caso de uma usina hidrelétrica, quando uma é construída, é pra sempre.</p><p></p><p>Se o Paraguai ameaçar o Brasil, fará o governo substituir a energia de Itaipu por outras fontes. O Paraguai terá que vender a energia para outros países, e nesse caso, quem é que vai confiar na energia paraguaia?</p><p></p><p>O melhor que o Paraguai poderia fazer seria esperar pacientemente o fim do tratado, para evitar que o Brasil queira reagir construindo usinas. Quando o tratado acabasse, o Brasil estaria em uma situação delicada, seria forçado a aceitar condições um pouco mais desfavoráveis que o normal. Ainda assim, o governo paraguaio teria que ter cabeça fria e forçar uma suba bastante vagarosa nos preços, para evitar que o Brasil se assustasse e tentasse reagir (afinal, é mais fácil tolerar um pequeno aumento que construir uma nova usina, mas um grande aumento...). Num determinado ponto, o preço se estabilizaria, pois se o Paraguai subisse mais o preço não compensaria mais para o Brasil.</p><p></p><p>Em resumo de tudo: quanto mais o Paraguai pressionar (de maneira precipitada), menos a energia valerá num longo-prazo.</p><p></p><p></p><p>Saudações.</p></blockquote><p></p>
[QUOTE="Ronaldo, post: 612899, member: 3671"] No caso da usina de Itaipu também se deve ter em conta todos os detalhes para poder analisar adequadamente o problema: Não importa que o Brasil ou o Paraguai pudessem pagar sozinhos pela usina. Ela fica na fronteira entre os dois países, então foi necessário um acordo para poder represar o rio inteiro; A maior parte da energia consumida pelo Paraguai é produzida por essa usina. Independente do valor pago/cobrado pelo Brasil, caso ela não existisse, o Paraguai precisaria de uma fonte alternativa de energia, e ela teria um custo; Que eu saiba, apesar da famosa dívida contraída pelo Paraguai pela construção da usina, após o pagamento desse valor ele recebe algum saldo. Ou seja, recebe energia elétrica "grátis" e ainda recebe algum lucro. Independente da discussão sobre esse lucro, a alternativa de não ter a usina (supondo que ela fosse destruída ou tivesse a produção interrompida) seria pior. Quanto ao acordo da dívida da usina: A posição oficial do Paraguai é de que o valor cobrado pelo Brasil pela dívida é injusto, mas o Brasil não quer renegociar (isso é obvio, pois independente de ser justo ou não, o país teria que pagar mais). Se a usina estivesse totalmente em território paraguaio, o governo de lá (daí?) poderia fazer aquilo que já virou moda em outros países: invadir e expulsar os "imperialistas brasileiros". Como a usina também está em território brasileiro isso não é uma opção, pois seria uma invasão territorial. Isso também acarretaria o risco de interrupção, mesmo que temporária, do fornecimento de energia para ambos países, e eu nem preciso dizer o quanto isso seria problemático. Supondo que o governo do Paraguai nunca tenha cogitado essa alternativa, e queira agir estritamente dentro da lei, só existe a alternativa de esperar o vencimento formal do tratado. Pode até se alegar que o tratado seja imoral, mas ilegal não é, e legalmente ele tem uma data de expiração: 2023. Nessa data, o Brasil será forçado a renegociar. Então, a discussão se resume ao que acontecerá até lá. Independente da renegociação do tratado, o Paraguai continuará recebendo energia e dinheiro até lá. Mas a atitude do Paraguai, nesse período de tempo, é que vai interferir no possível futuro energético do nosso país, e também no futuro do Paraguai. Quando o tratado vencer, o Paraguai estará livre para vender a energia ao país que fizer a melhor oferta. Porém, ao vender energia ao exterior, o Paraguai deve ter em conta o seguinte: a energia vendida ao exterior SEMPRE terá um valor menor que o da energia gerada domesticamente pelo outro país. Por que? Pela "inseguridade" de depender de uma fonte estrangeira de energia. Quando se paga pela energia elétrica gerada por uma usina hidrelétrica não se está pagando pela energia em si, que é virtualmente ilimitada. Paga-se pelos custos de geração da energia + lucro da operadora + impostos. Quando a energia é gerada em outro país, o lucro e o custo da geração de energia ficam lá, juntamente com os impostos sobre esses dois. Isso, por si só, já é um incentivo para o governo construir usinas locais (poder arrecadar mais imposto). Agora, some a isso a possibilidade de interrupção no fornecimento. Isso é inaceitável pro governo, pois faz ele perder votos; e isso é inaceitável para os usuários da energia, pois em última instância eles estão sendo chantageados, e não sabem até aonde o outro país vai subir o preço ou até quando irão receber energia. O que irá acontecer se o Paraguai apertar demais o Brasil antes do vencimento do tratado? O Brasil sabe que, quando o tratado vencer, o Paraguai terá um instrumento legal para fazer sua ameaça valer (no caso, vender a energia a outro país). Se a energia fornecida pelo Paraguai custar mais que a energia gerada aqui, o Brasil construirá usinas localmente, pois será mais barato. Se a energia paraguaia custar o mesmo que aqui, ainda assim o governo construirá usinas aqui, pois poderá arrecadar mais imposto e será mais seguro (em termos de continuidade do fornecimento). O único motivo que faz com que o Brasil não tenha buscado alternativas ao fornecimento de Itaipu é o fato do valor da energia ser menor. Se quiser um exemplo prático, podemos citar o caso da do gás natural da Bolívia: quando houve a "renegociação" do valor do gás pago pelo Brasil (renegociação forçada que o país não pode evitar, já que não tinha substituição imediata e já que o gás não era produzido aqui), o governo acelerou os projetos de extração futura de gás natural aqui no Brasil, sabendo que não pode mais ser pego com as calças na mão. E isso considerando o caso do gás natural, que é um recurso finito. Quem gastar, gastou, quando acabar, acabou. No caso de uma usina hidrelétrica, quando uma é construída, é pra sempre. Se o Paraguai ameaçar o Brasil, fará o governo substituir a energia de Itaipu por outras fontes. O Paraguai terá que vender a energia para outros países, e nesse caso, quem é que vai confiar na energia paraguaia? O melhor que o Paraguai poderia fazer seria esperar pacientemente o fim do tratado, para evitar que o Brasil queira reagir construindo usinas. Quando o tratado acabasse, o Brasil estaria em uma situação delicada, seria forçado a aceitar condições um pouco mais desfavoráveis que o normal. Ainda assim, o governo paraguaio teria que ter cabeça fria e forçar uma suba bastante vagarosa nos preços, para evitar que o Brasil se assustasse e tentasse reagir (afinal, é mais fácil tolerar um pequeno aumento que construir uma nova usina, mas um grande aumento...). Num determinado ponto, o preço se estabilizaria, pois se o Paraguai subisse mais o preço não compensaria mais para o Brasil. Em resumo de tudo: quanto mais o Paraguai pressionar (de maneira precipitada), menos a energia valerá num longo-prazo. Saudações. [/QUOTE]
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