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Mensaje: <blockquote data-quote="Ronaldo" data-source="post: 612898" data-attributes="member: 3671">Prepare-se, Mariscal Estigarribia, pois o meu post é grande (e ainda por cima em Português).O problema é muito complicado pra poder ser tratado em termos simplistas. Todos os lados têm uma parte da culpa, por isso que devem trabalhar juntos na solução.Por exemplo, no caso do contrabando:Os lojistas do Paraguai se aproveitam e dependem do contrabando praticado pelos sacoleiros brasileiros; Os sacoleiros se aproveitam e dependem da disponibilidade de produtos baratos, sem impostos;O governo brasileiro não pode simplesmente terminar com o contrabando, pois nesse caso, teria que arranjar uma fonte de emprego alternativa aos sacoleiros;Os empresários brasileiros, sujeitos à terrível carga tributária brasileira, não podem competir com os produtos livres de impostos provenientes do Paraguai. Dizem que o contrabando prejudica seu faturamento e a geração de empregos no Brasil, e exigem do governo uma ação;Os sacoleiros reclamam que ficarão sem emprego caso o contrabando seja interrompido;O governo paraguaio reclama que o governo brasileiro não cria leis que facilitem a importação legal dos produtos;A importação legalizada dos produtos paraguaios prejudicaria as empresas brasileiras, que por sua vez protestam contra o governo.Então, o governo do nosso país fica trancado em um conflito de interesses: Paraguai x Empresários Brasileiros x Sacoleiros. O que é que ele faz? Nada. Qualquer solução traria prejuízo para um dos lados, então, de tempos em tempos, o governo daqui (seja lá qual for) cede uma migalha para a parte mais furiosa no momento. Por exemplo: aumenta a cota de importação, o que é do agrado dos sacoleiros e do Paraguai; Isso enfurece os empresários, então os militares fazem algumas manobras na fronteira, que prejudicam tanto os sacoleiros quanto o Paraguai, então o ciclo recomeça.Em seguida irei fazer mais um post, nesse caso sobre a questão de Itaipu.</blockquote>

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