O Governo dos Estados Unidos autorizou a possível venda de novos obuseiros autopropulsados M109A7 Paladin para equipar o Exército de Taiwan. Isso decorre de uma das notificações mais recentes do Departamento de Estado ao Congresso dos Estados Unidos, com o objetivo de aprovar o pacote incluído no Programa de Vendas Militares ao Exterior (FMS), avaliado em mais de US$ 4 bilhões.
Nos últimos meses, os planos de renovação das capacidades de ataque de longo alcance e de apoio de fogo do Exército de Taiwan registraram novos marcos, destacando-se entre eles a chegada dos primeiros sistemas de artilharia de foguetes de alta mobilidade HIMARS. No entanto, conforme mencionado por autoridades do governo taiwanês, esses planos também incluíam a renovação dos Veículos de Combate de Artilharia (VCA) sobre lagartas, buscando substituir e/ou complementar os atuais M109A2 e M109A5, que acumulam décadas de serviço.

Por esses motivos, no passado foram consideradas diversas opções e propostas, como foi o caso da autorização concedida anos atrás pela administração Biden para a venda de 40 M109A6, a qual finalmente não se concretizou.
Ainda assim, o governo de Taiwan continuou manifestando seu interesse na renovação desse segmento de capacidades das Forças Armadas que defendem a ilha, evidenciando a solicitação para a compra da versão mais moderna incorporada ao serviço dentro da família M109, designada como M109A7 e produzida pela BAE Systems.
De acordo com o que foi reportado pela Agência de Cooperação em Defesa e Segurança (DSCA), o governo taiwanês solicitou ao dos Estados Unidos a compra de quarenta (40) novos obuseiros autopropulsados M109A7 Paladin, juntamente com um importante pacote de veículos de apoio destinados a cumprir funções de suprimento de munição e recuperação.

O pacote, avaliado em mais de US$ 4 bilhões, compreende, além dos mencionados obuseiros M109A7, o fornecimento de sessenta (60) veículos M992A3 para suprimento de munições, juntamente com treze (13) veículos de recuperação M88A2. Além disso, inclui a venda de até 4.080 kits de guiagem — presumivelmente M1156 — para equipar projéteis de 155 mm, bem como sistemas táticos de informação de artilharia IFATDS.
Entretanto, diferentemente de outras autorizações semelhantes, o Departamento de Estado e a DSCA não anunciaram a empresa adjudicatária que atuará como principal fornecedora do pacote destinado a Taiwan. A esse respeito, foi indicado que a decisão será tomada por meio de uma licitação conduzida pelo governo dos Estados Unidos, em conformidade com o disposto no Regulamento Federal de Aquisições.

Por fim, o Departamento de Estado afirmou que: “Esta venda proposta atende aos interesses nacionais, econômicos e de segurança dos Estados Unidos ao apoiar os esforços contínuos do país receptor para modernizar suas forças armadas e manter uma capacidade defensiva crível. A venda proposta contribuirá para melhorar a segurança do país receptor e ajudar a manter a estabilidade política, o equilíbrio militar e o progresso econômico na região”.
Acrescentando: “A venda proposta melhorará a capacidade do país receptor de enfrentar ameaças atuais e futuras, ao reforçar a autodefesa de suas forças. O país receptor não terá dificuldades para integrar este equipamento e os serviços associados em suas forças armadas”.
*Fotografias utilizadas a título ilustrativo.
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