Uma das prioridades estabelecidas pelos comandos militares dos Estados Unidos é o desenvolvimento de novas capacidades antissuperfície capazes de operar em ambientes operacionais altamente contestados. Entre esses novos desenvolvimentos destaca-se o novo míssil ar-terra Stand-In Attack Weapon (SiAW), que teria como principal plataforma de emprego os caças de quinta geração F-35. Por esse motivo, ao longo dos últimos meses e anos vêm sendo registrados diversos marcos em seu programa de desenvolvimento, com a realização de testes de lançamento utilizando caças F-16 da Força Aérea dos Estados Unidos, sendo o mais recente registrado há poucos dias.

Designado oficialmente como SiAW (Stand-In Attack Weapon), trata-se de um novo míssil ar-superfície, concebido para ser lançado por novas plataformas de quinta geração a partir de seus compartimentos internos de armamento. Atualmente desenvolvido pela Northrop Grumman, a empresa norte-americana afirma que ele foi especialmente projetado “… para atacar e neutralizar rapidamente ameaças de alto valor e sensíveis ao fator tempo em ambientes contestados”. Acrescentando que: “… amplia o conjunto de alvos da Força Aérea dos EUA para incluir objetivos terrestres fortemente defendidos. O míssil foi projetado utilizando engenharia digital e conta com interfaces de arquitetura aberta que permitirão rápidas atualizações de subsistemas para incorporar capacidades aprimoradas”.
Entre os marcos mais recentes de seu desenvolvimento, no início do mês de julho de 2024 foi registrado o primeiro teste de lançamento realizado no Golfo do México por um caça F-16 pertencente ao 40º Esquadrão de Testes de Voo, coordenado pela 96ª Ala de Testes a partir da Instalação de Controle Central da Base Aérea de Eglin, com resultados satisfatórios.
Desde então, não houve maiores novidades em relação à campanha de ensaios em voo até o dia de ontem, 11 de dezembro, quando a Northrop Grumman confirmou a realização de um novo voo de testes, novamente executado por um caça F-16, que decolou da Base Aérea de Eglin.

Em linhas gerais, o teste realizado consistiu na avaliação da separação do míssil, com o objetivo de validar parâmetros de desempenho aerodinâmico, bem como verificar e definir os mecanismos de segurança no momento da execução do lançamento a partir do F-16, assim como de futuras plataformas que empregarão o SiAW.
Nesse sentido, também deve ser destacado que, nos últimos meses, tem sido observado um aumento na realização de diversos testes de integração e emprego de armamentos antissuperfície, os quais têm o F-16 como plataforma de lançamento. Basta mencionar aqueles observados no início do corrente ano, quando uma aeronave do Destacamento 3 do 53º Grupo de Testes e Avaliação foi vista transportando a versão de teste e treinamento do míssil Harpoon, identificada como um XATM-84N Harpoon Block II+.

Nas palavras do coronel Gary E. Roos, líder sênior de material da Divisão de Armas Adaptativas do Centro de Gestão do Ciclo de Vida da Força Aérea: “O teste de separação do SiAW a partir do F-16 tem como objetivo fornecer à Força Aérea dos Estados Unidos a validação das características de separação segura da arma e também gerar dados inestimáveis para otimizar seu desempenho. Os resultados podem reforçar a capacidade do SiAW de proporcionar uma vantagem crítica aos combatentes frente a ameaças em evolução”.
Enquanto isso, Chuck Johnson, vice-presidente de armas avançadas da Northrop Grumman, declarou que: “Este marco representa um passo fundamental para o programa SiAW. Com os conhecimentos obtidos a partir do teste de separação, continuaremos com o desenvolvimento do míssil e, em última instância, entregaremos uma capacidade crítica ao combatente. Nosso trabalho garante que a Força Aérea dos EUA contará com uma arma de ataque de precisão altamente capaz de sobreviver e que atenderá às necessidades das missões atuais e futuras”.
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