Como parte da missão de Polícia Aérea do Báltico realizada pela OTAN, foi informado que caças Eurofighter Typhoon italianos posicionados na Estônia interceptaram uma aeronave Tu-134A-4, enquanto esta era escoltada por dois caças Su-30SM2 da Marinha Russa. Mais conhecida como a “Pérola Negra” das Forças Armadas da Rússia, trata-se de uma aeronave que não havia sido interceptada por caças europeus havia cinco anos, considerando que a última vez que o peculiar avião russo em questão foi avistado por aeronaves da Aliança ocorreu em 2020.

A novidade foi reportada pelo Comando Aéreo da OTAN, que publicou um breve comunicado com imagens em suas redes sociais no dia 21 de novembro, no qual também mencionou a interceptação de um avião Su-24MR Fencer em outra ocasião que teria ocorrido na mesma semana. Recolhendo as declarações oficiais da Aliança: “No decorrer da última semana, aviões italianos destacados em Ämari [Estônia] foram acionados para interceptar múltiplos meios russos. A Polícia Aérea da OTAN na região do Báltico garante a segurança do espaço aéreo da OTAN sob o comando do Eastern Sentry. O Eastern Sentry está reforçando a flexibilidade e a força da postura da OTAN no flanco leste.”

Revisando o que se sabe sobre a história da “Pérola Negra”, cabe mencionar que se trata de um avião bimotor baseado no antigo avião de passageiros Tu-134, cujo primeiro voo ocorreu em 1963, em plena era soviética. Uma de suas variantes, conhecida como Tu-134UB-L, serviu como plataforma de treinamento para futuros pilotos dos bombardeiros estratégicos Tu-22M3 e Tu-160. A própria variante Tu-134A-4 representa uma das mais modernas da família, convertida para realizar missões de transporte de passageiros VIP como sua nova função.

Um caça Eurofighter italiano na Estônia – Comando Aéreo Aliado da OTAN

Nesse sentido, sua aparição sobre o Báltico é considerada incomum por analistas ocidentais, já que normalmente são os aviões Tu-95 Bear, Il-20 Coot ou outros tipos de aeronaves militares que costumam operar na região. Considerando tanto a localização onde ocorreu a interceptação quanto o papel de transporte da aeronave, as principais especulações giram em torno de que o Tu-134A-4 estaria voando rumo ao enclave russo de Kaliningrado para transportar comandantes de alta patente — possivelmente da Marinha Russa, uma vez que o local abriga meios da Frota do Báltico.

Por outro lado, abordando algumas questões relevantes do destacamento italiano na região, é importante mencionar que os Eurofighter envolvidos na missão de interceptação fazem parte de uma rotação destinada a substituir os F-35 anteriormente posicionados na Estônia. Durante o período de dois meses em que estiveram destacados, as aeronaves furtivas realizaram mais de 150 saídas, segundo informou a própria OTAN, acumulando mais de 300 horas de voo. Na visão da Aliança, isso constitui tanto uma demonstração do compromisso com a segurança aérea no Báltico quanto da capacidade de realizar destacamentos de forças de reação rápida para responder a potenciais ameaças.

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