Por meio de um breve comunicado publicado em suas redes sociais, o Comando de Operações Especiais da Ucrânia informou que seus operativos empregaram um de seus drones de “ataque profundo” para derrubar um helicóptero russo Mi-8, fato que teria ocorrido na região de Rostov. A publicação foi acompanhada por um vídeo de baixa definição do abatimento, no qual é possível ver, pela câmera do sistema não tripulado, o drone aproximar-se do alvo antes de destruí-lo, sem que fossem fornecidos detalhes adicionais.
Citanto o que foi declarado pelo mencionado Comando de Operações Especiais ucraniano em sua publicação no Facebook: “Estamos mudando as regras do jogo: agora somos nós que caçamos! Pela primeira vez, um helicóptero russo Mi-8 foi derrubado no ar por um drone de ‘ataque profundo’. Cada missão exige criatividade, desde as características técnicas da aeronave até o planejamento e o treinamento dos pilotos.”
É útil destacar que esse tipo de ataque com drones contra helicópteros russos já havia sido realizado anteriormente por outros tipos de unidades ucranianas. Como exemplo ilustrativo, vale mencionar que, no final de setembro, meios locais reportaram que um drone pertencente à 59ª Brigada de Assalto conseguiu derrubar outro Mi-8 de origem russa que voava em baixa altitude junto a um helicóptero modelo Ka-52. Posteriormente, isso também foi confirmado por fóruns de analistas russos, onde se indicou que a tripulação foi evacuada algum tempo depois.
Seguindo esse retrospecto, deve-se considerar também que a inteligência ucraniana revelou o uso de drones em um ataque contra uma base russa situada na Crimeia ocupada, onde teriam sido destruídos três helicópteros Mi-8 e uma estação de radar 55Zh6U Nebo-U, segundo os relatos. Ainda mais, no mês de junho, Kiev realizou um ataque ao Aeroporto Internacional de Briansk, no qual um helicóptero foi eliminado e outro ficou seriamente danificado.
Cabe lembrar, por fim, que os mencionados drones de ataque profundo tornaram-se um elemento cada vez mais utilizado pelas tropas ucranianas em seu esforço militar contra a invasão russa, não apenas no combate aéreo. Eles se destacam por serem uma alternativa mais barata e produzida em maior quantidade localmente do que os mísseis de longo alcance disponíveis. Além disso, trata-se de armamento que, em princípio, não estaria sujeito às mesmas restrições de uso dos sistemas doados por seus aliados, podendo ser empregado em território russo sem grandes dificuldades nesse sentido.
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