Contando com a autorização correspondente dos Estados Unidos, a Alemanha está negociando com Israel para avançar na compra de mais sistemas de mísseis antibalísticos Arrow 3, o que permitiria reforçar sua rede de defesa aérea, que já conta com esses elementos após sua aquisição em 2023. Justamente, as conversas entre ambos os parceiros ocorrem em um momento em que as Forças Armadas da Alemanha se preparam para colocar em operação as baterias já adquiridas da Israel Aerospace Industries, as quais chegaram ao país por cerca de 3,5 bilhões de dólares.

Sistema Arrow 3 – Ministerio de Defensa de Israel

Segundo relatado por fontes locais, a decisão do governo alemão de se dedicar a essas negociações responde ao crescente temor de Berlim e seus aliados europeus em relação à latente ameaça russa, estimando que o país não dispõe de sistemas de defesa aérea suficientes para responder a potenciais ataques. É importante considerar, nesse sentido, que os novos Arrow 3 seriam adquiridos não apenas para proporcionar proteção ao espaço aéreo alemão, mas também para integrar uma rede mais ampla que abrange outros países da região que são parceiros no âmbito da OTAN.

Seguindo essa linha e revisando brevemente as características que definem o sistema que a Alemanha busca incorporar, podemos mencionar que os Arrow 3 são especialmente projetados para destruir mísseis balísticos fora da atmosfera terrestre; tratando-se de uma altitude que permite a dispersão segura de qualquer ogiva não convencional. Como tal, configuraria a terceira camada do plano Sky Shield do governo alemão, capaz de neutralizar ameaças de maior alcance. As duas primeiras camadas ficariam a cargo dos sistemas IRIS-T, fabricados localmente para ameaças de curto alcance, enquanto para as de médio alcance o país conta com os sistemas Patriot, de origem norte-americana e que também foram transferidos em ocasiões anteriores para a Ucrânia.

Sistema Arrow 3 – Israel Aerospace Industries

Além das questões já mencionadas, também é relevante destacar o cessar-fogo alcançado em Gaza, o que proporciona uma maior margem de manobra para o governo alemão ao se relacionar com Israel. Particularmente, Berlim havia inclusive imposto um embargo de armas ao país durante o mês de agosto, diante do rápido deterioramento da situação humanitária no contexto da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, embargo que pôde finalmente ser suspenso após o anúncio do referido acordo.

Isso não é um detalhe menor, levando em conta que a Alemanha se consolida como um dos principais compradores de armamento israelense, com uma fatia de 33% das exportações segundo dados publicados pelo SIPRI em um período que compreende entre 2020 e 2024; o que coloca o país europeu na segunda posição do ranking, atrás apenas dos Estados Unidos.

Imagens utilizadas de forma ilustrativa

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