Um bombardeiro estratégico B-1B Lancer da Força Aérea dos EUA, juntamente com caças F-15J e F-2 da Força Aérea de Autodefesa do Japão, realizaram uma série de exercícios conjuntos em resposta à crescente deterioração da segurança na região. A informação foi confirmada recentemente pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Japão em uma publicação em suas redes sociais.

As autoridades militares japonesas relataram que “…Por meio deste treinamento, reafirmamos a firme determinação do Japão e dos EUA de não permitir qualquer mudança unilateral do status quo pela força, bem como a prontidão das Forças de Autodefesa do Japão e das Forças Armadas dos EUA, e fortalecemos ainda mais as capacidades de dissuasão e resposta desta aliança…”.
Conforme mostram as imagens divulgadas pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Japão, a Força Aérea de Autodefesa do Japão mobilizou caças F-15J e F-2, enquanto a Força Aérea dos EUA participou com pelo menos um bombardeiro estratégico B-1B Lancer. Embora o comunicado não tenha fornecido mais detalhes, as operações aéreas foram, sem dúvida, parte de atividades de grande repercussão, enviando uma mensagem clara aos adversários regionais de ambos os países.
Vale ressaltar que o Estado-Maior Conjunto das Forças Aéreas de Autodefesa do Japão indicou que a Rússia e a China são os principais países responsáveis por gerar alertas aéreos. Em seu relatório de outubro, o Japão detalhou que seus caças realizaram 71 missões de resposta rápida no mês anterior, 43 das quais devido à presença de aeronaves das Forças Aeroespaciais Russas e 25 devido à presença de aeronaves das Forças Armadas Chinesas.
A deterioração da situação de segurança em torno do Japão também se deve ao recente lançamento de um míssil balístico pela Coreia do Norte. O míssil percorreu 700 quilômetros antes de cair no Mar do Japão, sem causar danos em território japonês ou sul-coreano. O Japão confirmou que o míssil caiu fora de sua zona econômica exclusiva, mas acionou os protocolos de emergência e vigilância.

Na esfera naval, a China continua sendo um dos maiores desafios para o Japão devido à constante expansão de sua frota, e suas capacidades operacionais não apenas cresceram de forma constante, como também se tornaram cada vez mais numerosas. Um dos marcos recentes da Marinha do Exército de Libertação Popular foi a entrada em serviço do porta-aviões Fujian, o primeiro navio projetado internamente com configuração CATOBAR, que expande significativamente as capacidades aéreas navais da China.
A Marinha chinesa também continua expandindo suas capacidades expedicionárias, como demonstrado recentemente pelos primeiros testes no mar do navio de assalto anfíbio Tipo 076 Sichuan. Esses navios poderiam ser usados em uma potencial operação militar contra Taiwan, por exemplo, uma ação que sem dúvida desestabilizaria a região e colocaria os países da região em evidência, enquanto consideram como evitar agressões.
Imagem da capa: Ministério da Defesa do Japão.
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