No âmbito do Exercício Rising Thunder 25, unidades do Exército dos EUA e das Forças Terrestres de Autodefesa do Japão treinaram em guerra antidrone, realizando manobras que envolveram o uso de munição real para abater drones. De acordo com o Ministério da Defesa japonês, essas atividades ocorreram de 27 de outubro até ontem na Área de Treinamento de Yakima, localizada nos Estados Unidos e caracterizada por suas grandes dimensões.
De acordo com declarações oficiais do Ministério da Defesa japonês: “Por meio deste exercício, realizamos treinamento bilateral em atividades operacionais e de combate sob diversas ameaças, como sistemas aéreos não tripulados (UAS), bem como atividades integradas de apoio logístico para essas operações. Aprimoramos as habilidades táticas e as capacidades operacionais, adaptando-as ao ambiente operacional atual.”
Aprofundando alguns detalhes divulgados, o Exército dos EUA envolveu 500 militares no exercício, enquanto as Forças Terrestres de Autodefesa do Japão mobilizaram um contingente de 440 soldados. Além disso, foi revelado que este exercício marcou a primeira vez que tropas destacadas por Tóquio tiveram a oportunidade de participar de manobras de detecção e engajamento de UAS com fogo real, algo que, devido às características geográficas do país, geralmente é complexo de realizar. Nas palavras do General Arai Masayoshi, Chefe do Estado-Maior das Forças Terrestres de Autodefesa do Japão: “(Nota do editor: Realizar um exercício como este) seria difícil de executar completamente.”
Além disso, como pode ser visto nas imagens divulgadas pelo Ministério da Defesa japonês mencionado anteriormente, foi constatado o uso de dispositivos portáteis para abater os drones utilizados como alvos em pleno voo; esses dispositivos foram fornecidos pelas forças americanas. Ademais, relatos locais indicam que também foram empregados sistemas de ondas eletromagnéticas capazes de danificar os circuitos internos dos sistemas não tripulados.

É importante lembrar que Tóquio já havia indicado em 2022 sua intenção de prosseguir com a compra e implementação desse tipo de solução para fortalecer sua rede de defesa contra drones. Isso permitiria abater drones a um custo menor e com menos danos colaterais do que o uso de mísseis. Nesse sentido, vale lembrar que a Agência de Aquisição de Defesa do Japão apresentou, no final do ano passado, seu novo sistema de defesa aérea a laser montado em um veículo terrestre de oito rodas. Esse sistema era capaz de gerar até 10 kW de potência graças ao seu gerador Denyo DCA-125LSIE para neutralizar potenciais ameaças.
*Créditos da imagem: Ministério da Defesa do Japão
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