Um total de quatro bombardeiros estratégicos B-1B Lancer da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) chegaram recentemente ao Japão como parte de uma nova implantação no âmbito da missão da Força-Tarefa de Bombardeiros (BTF), segundo informou o Comando de Ataque Global da Força Aérea dos EUA (Air Force Global Strike Command). As aeronaves, baseadas na Base Aérea de Dyess, no estado do Texas, deverão participar nos próximos dias de exercícios aéreos e missões de treinamento combinado no contexto da estratégia de presença avançada que Washington mantém para a região do Indo-Pacífico.
Esta é a segunda vez no ano que bombardeiros B-1B Lancer são destacados para a Base Aérea de Misawa, no norte do Japão. No mês de abril passado, um número não especificado de aeronaves do 9º Esquadrão Expedicionário de Bombardeio operou a partir dessa instalação durante aproximadamente um mês, realizando missões conjuntas com caças das Forças de Autodefesa do Japão, no âmbito de um programa de cooperação bilateral que busca fortalecer a interoperabilidade entre ambas as forças. Na ocasião, o objetivo foi “… apoiar os esforços de treinamento das Forças Aéreas do Pacífico com aliados, parceiros e forças conjuntas, assim como as missões de dissuasão estratégica para reforçar a estabilidade regional no Indo-Pacífico”.
Com a confirmação desse novo deslocamento, a Força Aérea dos EUA ainda não divulgou detalhes oficiais sobre a duração da presença dos B-1B no Japão, nem sobre as atividades específicas que serão realizadas. No entanto, as implantações de bombardeiros estratégicos sob o esquema BTF costumam incluir práticas de reabastecimento em voo, exercícios de integração com forças de aliados regionais e treinamentos de resposta rápida, demonstrando a capacidade das aeronaves norte-americanas de operar globalmente e projetar seu poder de dissuasão em escala mundial.
De acordo com relatórios de Fontes de Informação Aberta (OSINT), o Japão se prepara para realizar nas próximas semanas um exercício que se estenderá desde o Mar do Japão até as ilhas do sul próximas a Taiwan. Nessas manobras está prevista a participação dos Estados Unidos e da Austrália, o que reforça a hipótese de que a chegada dos B-1B faz parte da preparação logística e operacional dos meios e do pessoal que participarão desse exercício multinacional.
Por fim, com base no levantamento da presença desse tipo de aeronave em outras regiões entre meados de 2024 e o decorrer de 2025, a Força Aérea dos Estados Unidos realizou cerca de 48 implantações de bombardeiros estratégicos em diferentes partes do mundo. No ano passado foram realizadas 33 missões desse tipo, das quais 10 tiveram como destino o Indo-Pacífico, 10 a Europa e 10 a área de responsabilidade do Comando Central dos EUA (USCENTCOM), evidenciando o caráter global e sustentado das operações do Comando de Ataque Global da Força Aérea.
Imagem de capa: créditos a quem couber.
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