O Ministério das Finanças da Indonésia (Kemenkeu) teria aprovado um plano de financiamento para a aquisição de três sistemas de defesa provenientes da China por meio de empréstimos externos. A iniciativa incluiria a compra de aeronaves de combate multifuncionais J-10B para a Força Aérea do país, lanchas de ataque rápido Tipo 22 (designação OTAN: classe Houbei) e mísseis de cruzeiro CM-302, uma versão de exportação do míssil supersônico YJ-12, tratando-se de sua versão lançada de terra para defesa costeira.

De acordo com informações publicadas em 16 de outubro, o valor total do empréstimo seria de 3,1 bilhões de dólares americanos, destinados exclusivamente ao financiamento desses três programas. Documentos do Ministério das Finanças enviados ao Ministério da Defesa (Kemhan) indicariam que foi autorizada a busca de fontes de crédito junto a agências de crédito à exportação estrangeiras, credores bilaterais ou instituições financeiras privadas.
No caso específico da aquisição dos caças J-10B, o Ministério da Defesa teria recebido autorização para negociar empréstimos externos de até 1,6 bilhão de dólares. Segundo um meio de comunicação britânico, as aeronaves que poderiam ser fornecidas à Força Aérea da Indonésia seriam unidades usadas anteriormente pela Força Aérea do Exército de Libertação Popular (PLAAF) da China.

Quanto aos mísseis CM-302, o governo indonésio teria obtido aprovação para buscar financiamento externo de até 1 bilhão de dólares, com o objetivo de incorporar versões terrestres do sistema para defesa costeira. As possíveis fontes de crédito seriam as mesmas que no caso dos caças e das embarcações de ataque rápido.
A possível operação se somaria a outros programas de modernização que a Indonésia vem impulsionando nos últimos anos, como a compra de caças Dassault Rafale da França e as conturbadas negociações com os Estados Unidos para a aquisição de 24 caças F-15EX, com valor estimado em 13 bilhões de dólares. Além disso, o país continua participando do programa sul-coreano KAI KF-21, embora tenham sido registrados atrasos nas contribuições financeiras comprometidas.

No entanto, as recentes restrições orçamentárias poderiam colocar em dúvida a capacidade do país de sustentar simultaneamente múltiplos programas de aquisição. Em meados do ano passado, o porta-voz do Ministério da Defesa da Indonésia, Dahnil Anzar Simanjuntak, declarou em uma entrevista televisiva que “o governo… adiou a compra dos aviões Mirage porque nossa capacidade fiscal, no momento, não pode suportar tal compra”. A medida teria afetado a prevista incorporação de 12 caças Mirage 2000 de segunda mão provenientes do Catar, que deveriam servir como solução temporária até a chegada dos Rafale.
Nesse contexto, a possível compra dos J-10B de origem chinesa poderia representar uma alternativa para substituir progressivamente a atual frota de caças F-16A/B da Força Aérea da Indonésia, entre outras plataformas, embora ainda reste confirmar a viabilidade financeira do programa e as condições de financiamento oferecidas por Pequim.
Imagens meramente ilustrativas.
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