O programa da Força Aérea Argentina para a incorporação de caças F-16 não só permitirá ao país recuperar uma capacidade vital, como também é acompanhado por uma série de iniciativas para ajudar a força a recuperar e atualizar suas capacidades em diversas áreas. Um desses projetos é a restauração da capacidade de manutenção de pistas e helipontos do Grupo Construcciones, parte da Área Logística de Palomar.

A recente publicação de um relatório de avaliação revelou alguns detalhes interessantes sobre este projeto, que acompanha a chegada dos caças F-16 dinamarqueses. A razão para esta iniciativa é que o Grupo de Construção da Área Logística de Palomar “…enfrenta sérias dificuldades operacionais devido à sua incapacidade de manter adequadamente as pistas das bases aéreas da Força Aérea Argentina…”. Este não é um detalhe pequeno, visto que a unidade é responsável pela construção, reparação e manutenção de 25 pistas e 15 helipontos em todo o país.

A atual situação material é mais uma evidência da falta de investimento e do desinteresse por parte dos responsáveis, já que o relatório detalha o mau estado dos equipamentos. “…Motoniveladoras, empilhadeiras, caminhões, rolos vibratórios, tratores de esteira e compactadores têm uma idade média de 30 anos, resultando em altos custos de manutenção e baixa capacidade de produção devido à sua obsolescência técnica…”

“…A Área Logística de Palomar está operando com apenas 50% de sua capacidade… o que reflete a magnitude das dificuldades enfrentadas pelo Grupo Construcciones para manter as pistas em condições adequadas de acordo com os prazos regulatórios (Renovação Integral a cada 5 anos)…”, continua o relatório de avaliação.

Diante da escassez de materiais e orçamento, a Força Aérea Argentina não consegue manter suas pistas em boas condições, o que traz sérias consequências. “…Pistas deterioradas geram restrições às operações aéreas, limitando as operações de voo e afetando a capacidade de decolagem e pouso das aeronaves. Esse problema afeta não apenas as missões de transporte e abastecimento, mas também a disponibilidade das aeronaves, uma vez que as bases aéreas não conseguem garantir uma infraestrutura segura e operacional para aeronaves e helicópteros…”, conclui o relatório.

Recuperação de capacidades ou terceirização

Diante do desafio de recuperar as capacidades do Grupo Construtor, foram propostas duas soluções, que passaram por um processo de avaliação para definir os próximos passos:

  1. Incorporação de equipamentos de manutenção rodoviária. Essa alternativa envolve a aquisição de equipamentos rodoviários para dotar o Grupo Construtor da capacidade de manter as pistas e helipontos de forma independente. “…A principal vantagem dessa opção é a independência operacional. Em um contexto de conflito armado, ter essa capacidade é essencial para garantir a continuidade das operações aéreas…”
  2. Terceirização de serviços de manutenção. Isso envolve a terceirização da manutenção de pistas e helipontos, que seria realizada por um fornecedor especializado. “…Esta opção poderia ser mais rápida de implementar no curto prazo, mas traz a desvantagem de perder autonomia na gestão de infraestruturas críticas…”

Por fim, a Opção 1 seria escolhida, pois permitiria autonomia operacional, rápida capacidade de resposta em situações críticas, economia a longo prazo e economias de escala em termos de utilização dos recursos humanos da Força Aérea.

Em relação aos requisitos de materiais para o Grupo de Construção da Força Aérea Argentina, foram estabelecidos os seguintes requisitos:

Maquinário rodoviário: trator de esteira Caterpillar D7R, máquina de junção, carreta de transporte de 25 toneladas, máquina de decapagem de estradas, motoniveladora com trator de descalcificação frontal, motor vibratório de combustão interna, compactador de 3,8 HP, carregadeira frontal, rolo vibratório autopropelido, martelo de pavimentação pneumático, compressor de ar portátil, lavadora de alta pressão de combustão interna de 252 bar e régua vibratória.

Equipamentos de Energia: Gerador portátil de 5500W e gerador trifásico de 56000W.

Veículos: Caminhão (Daily 70-170), caminhonete (Stralis), van (Amarok TDI 4×2), Kombi (Sprinter 416 CDI), reboque de 4 eixos, 10,8m de comprimento, com porta traseira.

O relatório técnico afirma que o valor total do investimento seria de US$ 36.000.000.000.

Imagem ilustrativa da capa. Créditos: Guarda Aérea Nacional dos EUA – Aviador de Primeira Classe Alexis Goodman

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