Como parte do programa de desenvolvimento estratégico de mísseis antinavio, a Marinha do Brasil e a SIATT deram um novo passo na integração do míssil MANSUP-ER com o sistema lançador de foguetes ASTROS. Este marco representa um progresso concreto na consolidação de um sistema de defesa costeira de alta precisão e longo alcance, capaz de fortalecer significativamente a capacidade operacional do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil.

A SIATT recebeu recentemente o primeiro lançador de foguetes ASTROS do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil. O foguete passará por um processo de modernização para incorporar os sistemas de lançamento do míssil MANSUP e de sua versão de maior alcance, o MANSUP-ER. Esta iniciativa busca adaptar a plataforma terrestre aos requisitos estruturais e eletrônicos necessários para operar ambos os mísseis, consolidando assim a interoperabilidade entre as Forças Armadas e a indústria de defesa nacional.

A modernização do lançador inclui a integração de novos sistemas eletrônicos, modificações estruturais e a preparação para o uso dos sistemas de lançamento e controle MANSUP/MANSUP-ER. Este projeto permitirá ao Corpo de Fuzileiros Navais ter uma real capacidade de ataque antinavio terrestre, reforçando a defesa das áreas costeiras e o controle do espaço marítimo brasileiro.

Este progresso segue a bem-sucedida prova de conceito realizada em dezembro de 2024, quando o míssil MANSUP foi lançado pela primeira vez a partir de uma plataforma terrestre do sistema ASTROS. A operação, realizada na Restinga da Marambaia, contou com a participação do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil, técnicos da SIATT e o apoio do Centro de Avaliação do Exército Brasileiro. O teste marcou uma virada na integração de sistemas e na validação do conceito de emprego conjunto entre plataformas navais e terrestres.

O MANSUP (Míssil Nacional de Superfície Antinavio) é resultado de um programa promovido pela Marinha do Brasil para equipar suas forças com uma arma antinavio desenvolvida internamente. Com um alcance de aproximadamente 70 quilômetros e uma velocidade próxima a 1.000 km/h, o sistema combina orientação inercial com radar ativo em sua fase terminal e utiliza um motor de combustível sólido que lhe permite voar em baixa altitude, emulando o perfil de voo de mísseis ocidentais como o Exocet ou o Harpoon.

Originalmente projetado para ser lançado a partir das fragatas da classe Tamandaré, o MANSUP vem sendo testado a partir de plataformas navais desde 2018, passando por diversas fases de avaliação até sua recente integração com o sistema ASTROS. Essa compatibilidade multipropósito confere ao míssil notável versatilidade, expandindo seu uso para missões de defesa costeira e dotando o Brasil de uma capacidade de dissuasão mais ampla e moderna.

Para a SIATT, a modernização dos lançadores ASTROS do Corpo de Fuzileiros Navais e a integração do MANSUP-ER consolidam seu compromisso com a soberania tecnológica nacional e o desenvolvimento de soluções avançadas de defesa. Futuramente, o sistema poderá operar de forma integrada com outras plataformas, como radares terrestres ou unidades navais, e ainda receber dados do SisGAAz (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul) para realizar lançamentos coordenados, aumentando o nível de autonomia, controle e capacidade de resposta do país a potenciais ameaças em seu espaço marítimo.

*Imagens ilustrativas.

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