Em uma coletiva de imprensa para a mídia local, o Marechal-Chefe da Força Aérea da Índia (IAF), A.P. Singh, confirmou que seus caças Su-30MKI foram equipados com mísseis Rampage de fabricação israelense e que eles foram utilizados durante a Operação Sindoor, conduzida pelo país contra o Paquistão. As declarações da IAF foram acompanhadas por um breve vídeo de baixa resolução mostrando um caça indiano utilizando o míssil de 570 kg mencionado anteriormente durante um ataque de precisão, destacando o progresso da instituição na aquisição de armas avançadas e na integração delas com as plataformas existentes.

Expandindo os detalhes, as imagens fornecidas pela Força Aérea Indiana duram aproximadamente 45 segundos e foram capturadas pelas câmeras do capacete de um dos pilotos que participou da missão de ataque. Especificamente, dois caças Su-30MKI podem ser vistos voando em formação sobre as montanhas do Himalaia, com um deles lançando o Rampage de um pilone localizado sob uma de suas asas após pronunciar as palavras “Fox Three – Rampage Away”. Logo depois, o clipe revela uma trajetória aprimorada usando dados de telemetria, mostrando como o míssil está rastreando precisamente em direção a um bunker de comando e controle simulado, bem como uma série de explosões secundárias após o míssil atingir seu alvo.
Por outro lado, um funcionário da instituição revelou que este foi o “primeiro uso operacional do míssil Rampage no Su-30MKI, o que validou nossa integração perfeita de armas”, destacando ainda que isso foi possível graças às melhorias de software desenvolvidas pela Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa (DRDO), que permitiram que a arma funcionasse perfeitamente em conjunto com os aviônicos AL-31FP equipados na aeronave. Esta é uma conquista significativa, considerando que até agora os sistemas israelenses mencionados eram apenas parte do arsenal de aeronaves de ataque e baseadas em porta-aviões, o que reflete uma mudança de tática dentro da IAF.
Expandindo este último aspecto, vale ressaltar que o míssil Rampage fazia parte do armamento disponível para as aeronaves de ataque Jaguar Darin-III da Força Aérea da Índia (IAF), bem como do arsenal de caças MiG-29K baseados em porta-aviões, operando a partir do porta-aviões INS Vikramaditya. No primeiro caso, o sistema permitiu que a aeronave participasse de operações de ataque profundo contra a infraestrutura inimiga, como pôde ser observado em exercícios como o Tarang Shakti; enquanto no segundo caso, foi utilizado como arma antinavio. É importante ressaltar que, embora as dimensões e o peso do míssil o tornassem ideal para integração em ambas as aeronaves, sua colocação nos Su-30MKIs exigiu reforço estrutural e modificações no sistema de controle de tiro.
Vale lembrar também que, embora a Índia tenha adquirido seus primeiros mísseis Rampage entre 2020 e 2021 diretamente de Israel, durante o aumento das tensões na fronteira com a China, eles têm feito parte dos planos de modernização da IAF desde então. Tanto que reportagens anteriores da mídia especializada indicam que Nova Déli está interessada em negociar a possibilidade de produzir essas armas localmente, o que daria maiores garantias quanto ao seu fornecimento pontual à instituição. Fica claro também que a medida estaria em plena consonância com a política “Made in India”, que busca expandir a capacidade militar-industrial local, que já produz mísseis de cruzeiro BrahMos para equipar aeronaves da Força Aérea.
*Imagens ilustrativas
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