Em mais um passo para a consolidação de capacidades aéreas autóctones, a Índia confirmou que equipará seus novos caças LCA Tejas Mk1A com mísseis ar-ar ASRAAM, em substituição aos R-73 de origem russa atualmente em uso, cujo desenvolvimento foi realizado pela empresa MBDA. Prevendo que, no futuro, este míssil se torne o padrão de suas frotas, Nova Délhi busca atualmente explorar possibilidades para que os ASRAAM possam ser fabricados pela indústria local, o que também facilitaria sua potencial incorporação às frotas de caças Su-30MKI, que atualmente também utilizam o R-73.

A novidade foi divulgada pelo presidente e diretor-geral da Hindustan Aeronautics Limited (HAL), Dr. D. K. Sunil, que comentou sobre o assunto após a conclusão da etapa de integração dos mísseis nas aeronaves mencionadas. À espera da realização dos testes de validação que garantam seu funcionamento, o executivo espera que os futuros LCA Tejas Mk1A contem com um míssil capaz de neutralizar alvos situados a até 25 quilômetros de distância, equipado com um sensor infravermelho e especialmente eficaz quando empregado em conjunto com o radar AESA das próprias aeronaves.

Além disso, segundo meios de comunicação locais, a Índia também planeja que seus novos caças contem com armamento israelense, mais especificamente os mísseis CCM Python-5, fabricados pela Rafael Advanced Defence Systems. Trata-se de mísseis com capacidade de ataque em 360 graus e alto desempenho mesmo quando disparados fora da linha de mira, os quais, utilizados em conjunto com os ASRAAM mencionados, oferecerão aos pilotos indianos considerável capacidade de combate em curto alcance.

É relevante considerar que a Índia avança nesse tipo de testes e planos enquanto aguarda a entrega de 97 novos caças LCA Tejas Mk1A, cuja compra foi confirmada na semana passada. Trata-se de um lote significativo de aeronaves de combate, destinado a substituir os já obsoletos MiG-21 de projeto soviético, recentemente aposentados, que prestaram serviço à Força Aérea indiana por mais de seis décadas, evitando que o país enfrente, no futuro, uma lacuna ainda maior entre o número de esquadrões operacionais e os exigidos pelas estratégias atuais. Para adquiri-los, Nova Délhi investiu cerca de 62.370 milhões de rúpias, aproximadamente 700 milhões de dólares.

Por fim, retomando o mencionado no início, é importante destacar que a integração dos ASRAAM ao arsenal do LCA Tejas Mk1A representa apenas o primeiro passo nos planos indianos. Já foi divulgado que há intenção de incorporá-los também aos caças Su-30MKI da Força Aérea da Índia, bem como aos mais antigos SEPECAT Jaguar. No caso destes últimos, incorporados na década de 1970, o país já anunciou que a inclusão do míssil desenvolvido pela MBDA faz parte de seus planos de modernização, buscando prolongar a vida útil da plataforma, da qual a Índia atualmente é a única nação a mantê-la operacional.

Fotos usadas para fins ilustrativos

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