As principais empresas de eletrônica de defesa do Japão, Reino Unido e Itália formaram um consórcio para projetar e desenvolver o sistema de sensores e comunicações para o programa trinacional de desenvolvimento do futuro caça de sexta geração, conhecido como Programa Aéreo Global de Combate (GCAP).

O acordo foi firmado entre a Mitsubishi Electric (Japão), a Leonardo UK (Reino Unido) e a Leonardo e o ELT Group (Itália). Essas empresas anunciaram a assinatura de um acordo de colaboração em março de 2023 durante a feira DSEI Japão, que foi formalizado em agosto de 2025 por meio de um acordo de consórcio.

O grupo, conhecido como GCAP Electronics Evolution (G2E), prepara-se para receber um contrato da Edgewing, joint venture criada em junho pela BAE Systems (Reino Unido), Leonardo (Itália) e Japan Aircraft Industrial Enhancement Co. (Japão), responsável pelo projeto e construção da futura aeronave de combate.

O consórcio será responsável pelo desenvolvimento dos Sistemas Integrados de Detecção e Efeitos Não Cinéticos e Comunicações Integradas (ISANKE e ICS), considerados um dos principais componentes do GCAP. Também será responsável por fornecer o Serviço de Suporte ao Longo da Vida (TLSS) para o futuro caça.

De acordo com os parceiros, o sistema permitirá a integração e a exploração de grandes volumes de informações em ambientes operacionais complexos, diferenciando-o das gerações anteriores de caças. A liderança do consórcio ficará sediada em Reading, Reino Unido, próximo à sede da Organização Governamental Internacional (GIGO) do GCAP, que representa os ministérios da defesa dos três países.

Histórico do Programa

Em junho, o Reino Unido, a Itália e o Japão anunciaram a criação da Edgewing como a joint venture responsável por liderar o projeto e o desenvolvimento do futuro caça de sexta geração. A organização terá sede em Reading, com escritórios estratégicos na Itália e no Japão. Marco Zoff, ex-CEO da divisão aeronáutica da Leonardo, foi nomeado para liderar o projeto.

A meta é que a aeronave atinja a capacidade operacional até 2035 e mantenha a relevância tecnológica além de 2070, consolidando a cooperação trilateral em defesa.

Em julho, a BAE Systems confirmou que o primeiro voo do protótipo continua programado para 2027. A empresa britânica divulgou uma imagem do projeto final, que servirá como plataforma de testes para validar tecnologias críticas.

O protótipo, ainda sem nome, embora haja especulações sobre a designação “Tempest“, contará com uma cauda duplamente inclinada, dois motores e uma asa delta maior e mais curta do que os modelos anteriores. Incluirá componentes de plataformas existentes, como os motores EJ200 do Eurofighter Typhoon, para acelerar o desenvolvimento e reduzir os riscos técnicos.

“O protótipo já está construído com dois terços do seu peso estrutural, com a fuselagem principal, asas e estabilizadores verticais tomando forma. A montagem final, os testes e a validação começarão em breve para atingir a meta de voar em 2027”, explicou a empresa britânica.

Próximos Passos

Com a formação do consórcio G2E, os três países avançam paralelamente no desenvolvimento da plataforma e de seus sistemas de missão. O cronograma visa cumprir os prazos estabelecidos pelo GCAP, que prevê a entrada em serviço do caça em 2035.

*Imagens meramente ilustrativas.

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