O governo dos Estados Unidos autorizou a venda de um pacote de apoio logístico destinado à frota de aeronaves de transporte estratégico C-17 Globemaster III da Real Força Aérea britânica (RAF). A informação consta de uma das recentes notificações emitidas pelo Departamento de Estado ao Congresso norte-americano, com o objetivo de aprovar a operação avaliada em US$ 861 milhões e enquadrada no Programa de Vendas Militares ao Estrangeiro (FMS).
Segundo informou a Agência de Cooperação em Defesa e Segurança (DSCA) em 26 de agosto, o governo do Reino Unido solicitou aos Estados Unidos a aquisição de um novo pacote de apoio para a frota de aviões C-17 Globemaster III. O pacote, avaliado em mais de US$ 800 milhões, compreende a provisão de equipamentos e serviços do fornecedor para a frota, tendo como principal contratante a empresa Boeing.

Até os dias atuais, e como consequência das experiências da Guerra das Malvinas — na qual a RAF precisou operar com aeronaves civis em missões de transporte estratégico, devido à retirada do Short Belfast em 1976 sem um substituto —, a força avaliava a aquisição de uma aeronave com essas características. No entanto, apenas no ano 2000 o Reino Unido alugaria aos Estados Unidos um total de quatro C-17 Globemaster III, que se mostraram vitais para as operações posteriores no Afeganistão e no Iraque.
Posteriormente, em 2012, foi finalmente realizada a aquisição de um total de oito unidades, atualmente em serviço com os Esquadrões Nº 99 e XXIV, sediados na Base RAF Brize Norton, atuando em operações de transporte militar, ajuda e assistência humanitária e evacuações médicas.

Sobre essa importância, o Departamento de Estado indicou: “A venda proposta apoiará os objetivos de política externa e de segurança nacional dos Estados Unidos ao reforçar a segurança de um aliado-chave da OTAN, que constitui uma força importante para a estabilidade política e o progresso econômico na Europa.”
E acrescentou: “A venda proposta melhorará a capacidade do Reino Unido de enfrentar ameaças atuais e futuras ao garantir a prontidão operacional da Real Força Aérea. Sua frota de aeronaves C-17 fornece capacidades de transporte aéreo estratégico que apoiam diretamente as operações dos Estados Unidos e da coalizão em todo o mundo. O Reino Unido não terá dificuldade em incorporar esses artigos e serviços às suas Forças Armadas.”
Talvez lhe interesse: Dinamarca negocia com Reino Unido a compra de novas fragatas Tipo 31 para substituir suas problemáticas Iver Huitfeldt





