Com a publicação de um breve vídeo nas redes sociais, a Marinha Russa anunciou que um de seus submarinos nucleares mais modernos, o Borei-A, completou uma patrulha de três meses no Pacífico. A notícia chega poucos dias após a Marinha Russa também revelar que seus submarinos realizaram patrulhas conjuntas com seus equivalentes da Marinha Chinesa pela primeira vez, refletindo o crescente nível de atividade naval na região e os laços estreitos entre os dois países na área de defesa.
De acordo com relatos locais, a embarcação chegou na última segunda-feira ao seu porto de origem, localizado na Península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia. Especificamente, o submarino estava envolvido no que a Marinha definiu como “missões de combate”, que visavam garantir o nível de treinamento da tripulação e enviar uma mensagem sobre as medidas de dissuasão da Rússia na região.
Após completar sua missão, o submarino foi recebido na base por familiares da tripulação, bem como pelo Contra-Almirante Valery Varfolomeev (atual comandante das Forças Submarinas Russas no Pacífico), que parabenizou seus subordinados pela conclusão bem-sucedida de suas funções e por garantir a segurança da nação. Ele também explicou que, após um período de descanso e reabastecimento, a tripulação e o Imperador Alexandre III retornarão às missões de treinamento de combate previamente programadas.
Vale ressaltar que o submarino em questão é o sétimo da classe Borei-A construído, com mais quatro planejados para compor toda a frota. Sua principal característica é, sem dúvida, a capacidade de transportar até 16 mísseis balísticos intercontinentais da classe Bulava, o que lhe rendeu o apelido de “porta-mísseis formidável” do Presidente Vladimir Putin durante a cerimônia de comissionamento do Imperador Alexandre III. As melhorias também incluem diversas melhorias em relação ao modelo base Borei, incluindo um nível de ruído mais baixo, sistemas de manobra aprimorados em grandes profundidades e novos componentes em seu sistema de controle de armas.
Recapitulando o que foi inicialmente mencionado sobre o crescente nível de atividade naval russa no Pacífico, vale destacar que, durante o mês de agosto, Moscou desdobrou seu submarino diesel-elétrico RFS Volkhov (B-603) da classe Kilo II como parte de patrulhas submarinas conjuntas com a Marinha Chinesa. Esta foi a primeira vez que isso foi feito; até então, as patrulhas sempre se limitaram a navios de superfície.
Alguns dias antes, ambas as marinhas realizaram os exercícios “Joint Sea 2025” em águas próximas à cidade de Vladivostok, mobilizando uma ampla gama de meios navais para a ocasião. Especificamente, a China desdobrou seus contratorpedeiros de mísseis guiados Tipo 052D Shaoxing e Urumqi, o navio de suprimentos integrado Tipo 903 Qiandaohu e o navio de resgate integrado Xihu, juntamente com um grupo de helicópteros, aeronaves de asa fixa e fuzileiros navais. A Rússia, por sua vez, enviou o navio antissubmarino Admiral Tributs, a corveta Rezky e o navio de resgate Igor Belousov. Em ambos os casos, as instituições declararam que as atividades não tinham como alvo nenhum país específico.
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