Em uma simulação de combate aéreo conduzida na Finlândia como parte do exercício Atlantic Trident 2025 da OTAN, um caça Rafale da Força Aérea Francesa abateu um caça furtivo F-35 dos EUA. A vitória simbólica do caça Dassault ocorreu em manobras que recriaram um duelo corpo a corpo entre a aeronave e seu equivalente de quinta geração produzido pela Lockheed Martin, representando um impulso para a aeronave, cuja imagem vinha sendo prejudicada desde sua participação na Operação Sindoor, realizada pela Índia contra o Paquistão.
Esse desenvolvimento foi posteriormente confirmado por meio de uma publicação nas redes sociais da Força Aérea Francesa, atraindo a atenção de analistas e entusiastas da aviação, surpresos com a vitória do Rafale, cujo desempenho foi, à primeira vista, inferior ao do F-35. Os exercícios realizados são muito úteis nesse sentido, ou seja, para avaliar as fraquezas e os pontos fortes de cada tipo de aeronave em condições realistas, bem como as diferentes filosofias de projeto e combate que cada lado emprega.

Este último fato não é um detalhe menor, considerando que a aeronave francesa foi projetada especificamente para se destacar como uma das aeronaves mais manobráveis atualmente disponíveis, o que se mostrou especialmente útil para o resultado final do combate nos termos descritos acima. Por sua vez, o F-35 depende mais de suas capacidades furtivas, que dificultam sua detecção pelo inimigo a longas distâncias, o que lhe confere uma vantagem ao utilizar mísseis ar-ar do tipo BVR, que eliminam ameaças sem colocar o caça em perigo. Para vários analistas, o evento reflete, portanto, a grande complementaridade que ambas as plataformas demonstram ao trabalharem juntas como parte da OTAN, embora isso não diminua as comemorações dos entusiastas franceses pelo abate.
Além disso, demonstrando suas capacidades de combate a curta distância, também foi anunciado que o caça Rafale conseguiu realizar pelo menos dois abates adicionais em manobras contra um caça F-18 pertencente à Força Aérea Finlandesa; este último também participou de seus próprios combates simulados após o confronto envolvendo o F-35. No geral, o exercício foi um sucesso para o destacamento de seis Rafales franceses enviados da Base Aérea de Mont de Marsan, juntamente com 270 pessoas que forneceram suporte logístico e de manutenção.

Por fim, analisando o exercício Atlantic Trident 2025, podemos mencionar que ele ocorreu entre 16 e 27 de junho. Este exercício conjunto reuniu elementos da Finlândia, país anfitrião pela primeira vez, França, Estados Unidos e Reino Unido. O principal objetivo foi desenvolver conceitos para o chamado Agile Combat Employment (ACE), contribuindo também para a integração entre as plataformas de quarta e quinta geração.
Nesse sentido, vale destacar que, além das aeronaves mencionadas, também participaram caças americanos F-15E Strike Eagle e britânicos Eurofighter Typhoon, complementados por aeronaves de reabastecimento A330 MRTT e KC-135 Stratotanker, aeronaves de transporte A400M e aeronaves de alerta antecipado E-3F. No total, a atividade reuniu mais de 40 aeronaves e quase 1.000 militares dos quatro países. A Draken International também prestou seus serviços para a ocasião, atuando como uma das agressoras no exercício.
*Imagem da capa: Força Aérea dos EUA
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