Incorporados em maio de 2007, após a compra de 18 aeronaves da Rússia, os caças Sukhoi Su-30MKM constituem a principal plataforma de combate e superioridade aérea em serviço na Força Aérea Real da Malásia. Por esse motivo, e apesar das sanções internacionais impostas a Moscou, a instituição tem envidado grandes esforços para garantir sua prontidão operacional, recorrendo a pacotes de apoio logístico e, mais recentemente, à conclusão de um programa de extensão de vida útil realizado por empresas locais. Nesse contexto, o próximo passo na evolução das capacidades desses Flankers poderia vir por meio de uma parceria com a Índia, que supostamente está se oferecendo para integrá-los aos mísseis antinavio BrahMos-A.

De acordo com relatos da mídia local, após a conclusão do Programa de Extensão da Vida Útil (SLEP, por sua sigla em inglês), as autoridades da Força Aérea Real da Malásia concentrarão seus esforços na modernização e expansão das capacidades de combate antissuperfície do Su-30MKM. Entre as principais propostas em análise está uma apresentada por empresas indianas, baseada na integração do míssil BrahMos em sua variante “A”, a mesma equipada nos Su-30MKIs da Força Aérea da Índia (IAF).

Desenvolvido em colaboração com empresas russas, o BrahMos é o principal e mais reconhecido míssil antissuperfície produzido pela indústria de defesa indiana. Atualmente, existem diversas versões adaptadas a plataformas aéreas e navais para atacar alvos de superfície, como navios de guerra. No caso específico da Força Aérea Indiana, a variante “A” é utilizada principalmente pelos caças Sukhoi Su-30MKI, fabricados localmente sob licença.

Diante desse cenário, e considerando sua ampla adoção pelas Forças Armadas da Índia, diversas discussões e análises de propostas estão em andamento entre um grupo de empresas indianas e altos funcionários da Força Aérea Real da Malásia. Empresas de destaque incluem a Hindustan Aeronautics Ltd (HAL), responsável pela fabricação do Su-30MKI, e a BrahMos Aerospace, responsável pela produção do míssil em suas diversas variantes, além de desenvolver e implementar melhorias e atualizações em conjunto com organizações de pesquisa.

No entanto, além da proposta, ela precisa passar por diversos estudos de viabilidade, visto que — conforme relatado — o Su-30MKM exigiria modificações estruturais significativas para integrar os novos mísseis, além de melhorias em seus sistemas aviônicos e de controle de tiro. Esse detalhe não é insignificante, pois pode-se presumir que as empresas indianas incluirão, como parte de sua oferta, um pacote de modernização alinhado ao atualmente implementado na frota de Su-30MKI. No entanto, este último ponto é apenas conjectura por enquanto.

Por fim, cabe destacar que, apesar das sanções impostas ao seu fabricante original, os Su-30MKM permanecem em serviço ativo, como demonstrado nos recentes exercícios combinados realizados em julho passado com a Força Aérea Real Tailandesa. Durante esses exercícios, além dos caças Sukhoi, a Força Aérea da Malásia deslocou caças F/A-18D Hornet de fabricação americana para o exterior, que realizaram exercícios ao lado de aeronaves F-16 e Gripen tailandesas. Essas atividades se somam a outras registradas em 2024, incluindo exercícios de reabastecimento em voo com aeronaves KC-135 da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF); e, mais recentemente, no início deste ano, com caças stealth F-35A.

*Fotografias utilizadas para fins ilustrativos – Créditos: Força Aérea Tailandesa.

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