Após os últimos anúncios e declarações oficiais, o processo de seleção para o futuro caça multifuncional da Força Aérea Peruana, destinado a substituir o veterano Mirage 2000P/DP, parece estar entrando em sua reta final. Isso é demonstrado pelos vários esforços feitos pelas empresas cujas propostas estão na lista do FAP, que inclui o JAS-39 Gripen E/F da Saab, o F-16 Block 70 da Lockheed Martin e o Rafale da Dassault Aviation.

A importância deste programa de reequipamento, em linha com a renovação que outros países da região estão empreendendo em suas frotas de aeronaves de combate, não é pouca. De acordo com informações fornecidas pela Força Aérea Peruana e subsequentes submissões orçamentárias e aprovações de planos, o investimento estimado pelo governo peruano para a compra de até 24 caças multifuncionais chega a US$ 3,5 bilhões.

Além dos esforços promocionais feitos pela Suécia e pela Saab — que apresentou seu Gripen E/F em várias feiras internacionais realizadas nas últimas semanas, com destaque para a SITDEF em Lima no final de abril passado — a Lockheed Martin também está se esforçando para posicionar o F-16 Block 70 como a opção mais sólida para a renovação da frota de combate da Força Aérea Peruana.

Recentemente, a empresa americana declarou oficialmente: “O programa F-16 Bloco 70 representa mais do que uma aliança estratégica: é um motor para o crescimento econômico e o desenvolvimento de capacidades avançadas de defesa no Peru.” Acrescentando: “Esperamos continuar construindo um futuro de oportunidades, inovação e desenvolvimento juntos.”

Designado promocionalmente como F-16V, o Block 70/72 é a versão mais recente do renomado caça F-16 da Lockheed Martin, disponível em pacotes novos e de modernização.

Hoje, muitas forças aéreas europeias — assim como aquelas em outras regiões do mundo — estão adotando o Block 70/72 para renovar suas frotas de combate. Entre elas, destacam-se as forças aéreas de Taiwan, Bulgária, Eslováquia e Bahrein, enquanto outras, como a Grécia, optaram por modernizar seus Vipers.

No caso específico do Peru, o país sul-americano pode se tornar um novo operador do F-16, juntando-se à Venezuela e ao Chile em nível regional, nações que operam essa plataforma há décadas e, mais recentemente, à Argentina, que está em processo de receber seus 24 F-16AM/BM MLUs adquiridos da Dinamarca.

Por sua vez, e no nível de presunção, se a Força Aérea Peruana selecionar a proposta da Lockheed Martin, isso tornaria o país o operador da variante mais moderna e capaz do F-16 na região, devido à incorporação de capacidades importantes como o radar APG-83 AESA, a integração dos pods de designação de alvos mais avançados e melhorias estruturais na célula, que proporcionam uma vida útil de até 12.000 horas de voo, ou até mais.

*Fotografias utilizadas para fins ilustrativos.

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