A indústria de defesa do Brasil continua consolidando sua posição como um player-chave no comércio internacional do setor, atingindo um novo recorde de exportação de US$ 1,31 bilhão durante o primeiro semestre do ano. Esse montante representa 73,6% do total exportado ao longo de 2024, ano que já havia batido recorde histórico com US$ 1,78 bilhão, o melhor resultado em mais de uma década.

Atualmente, o Brasil exporta produtos e serviços de defesa para cerca de 140 países em todos os continentes, destacando-se pela crescente competitividade e pelo reconhecimento global de suas capacidades tecnológicas. Das exportações, 34% são aeronaves, peças e componentes, posicionando o setor aeroespacial como um dos pilares do comércio exterior de defesa brasileiro.

Um setor estratégico para a economia e a soberania

A Base Industrial de Defesa (BID) do Brasil representa atualmente 3,58% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e gera aproximadamente 2,9 milhões de empregos diretos e indiretos, segundo dados do Ministério da Defesa. O BID tem 283 empresas ativas e mais de 2.000 produtos registrados, que vão desde aeronaves, embarcações e armas até soluções cibernéticas, radares e sistemas de comunicação seguros.

Segundo o secretário de Produtos de Defesa, Heraldo Luiz Rodrigues, esses avanços são resultados de um modelo industrial em expansão, com forte apoio estatal. “Desempenhamos um papel fundamental no desenvolvimento tecnológico, no financiamento e na promoção internacional dos nossos produtos de defesa. Nossa indústria se fortalece não apenas pela capacidade instalada, mas também pela reconhecida qualidade dos seus produtos”, afirmou.

Maior autonomia tecnológica como motor de crescimento

Em linha com esse crescimento, o governo brasileiro lançou recentemente a “Missão 6” do Programa Nova Indústria Brasil (NIB), iniciativa que visa fortalecer a indústria nacional em setores estratégicos por meio de investimentos públicos e privados. Durante a apresentação do programa em fevereiro deste ano, o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, anunciou que o país deverá atingir 55% de proficiência nacional em tecnologias críticas de defesa — como radares, satélites e foguetes — até 2026, com a meta de atingir 75% até 2033.

Esses avanços permitiriam ao Brasil alcançar maior autossuficiência em projetos de pesquisa e desenvolvimento, fortalecendo sua soberania tecnológica e aumentando sua competitividade no mercado global. Atualmente, o país já domina 42% dessas tecnologias estratégicas, utilizadas pelos três ramos das Forças Armadas.

“O caminho rumo à autossuficiência tecnológica será um dos principais motores do crescimento sustentado das nossas exportações. Os números do primeiro semestre de 2025 são a prova concreta de que estamos caminhando na direção certa”, concluiu o Secretário Rodrigues.

*Imagens meramente ilustrativas.

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