Hoje, foi anunciado que a Rússia inaugurou sua nova fábrica de produção de munição na Venezuela para rifles Kalashnikov usados pelas Forças Armadas Nacionais Bolivarianas. Isso permitirá que o país latino-americano produza até 70 milhões de cartuchos por ano para reforçar seus estoques com material produzido localmente. Especificamente, esta é a construção da primeira etapa do complexo planejada pela Corporação Estatal Rostec e que está sendo construída por sua subsidiária Rosoboronexport, que comemorou o marco como um sinal do fortalecimento dos laços entre Caracas e Moscou.

Ampliando os detalhes, o comunicado oficial da empresa afirma que a fábrica conta com quatro modernas linhas de produção, que são divididas igualmente entre aquelas destinadas à fabricação de cartuchos com alma de aço e aquelas voltadas à produção de cartuchos de festim e traçantes. As instalações também incluem um centro de gerenciamento de resíduos, armazéns para componentes usados no processo de produção e um campo de tiro de 210 metros de comprimento para testes de munição fabricada, entre outras estruturas auxiliares.
Descrevendo os planos futuros da empresa na Venezuela, o CEO da Rostec, Oleg Yevtushenko, declarou: “Outras unidades de produção devem entrar em operação em breve, garantindo um ciclo completo de produção de fuzis de assalto e cartuchos Kalashnikov na Venezuela para o exército, a polícia e outras agências de segurança pública. Este é um passo importante no desenvolvimento da cooperação tecnológica com nosso principal parceiro na América Latina.”
Por sua vez, o CEO da Rosoboronexport, Alexander Mikheev, comentou sobre o marco, fazendo referência especial às dificuldades envolvidas em sua concretização, dadas as sanções impostas a ambos os países: “Para a Rosoboronexport, a construção de uma fábrica de cartuchos na Venezuela representou sérios desafios, incluindo a pressão das sanções impostas a ambos os países. Apesar das restrições objetivas, juntamente com a Rostec, implementamos este complexo projeto de infraestrutura e demonstramos ao mundo que sempre cumprimos nossas obrigações com nossos parceiros (…) Nossos planos imediatos incluem o lançamento da segunda fase da empresa, após a qual toda a cadeia de produção tecnológica será implementada.”
Além disso, foi enfatizado que a planta em questão já produziu um primeiro lote de munição de teste, que depois poderá ser submetida a uma série de testes de controle de qualidade. Esses testes foram concluídos com sucesso na estação de controle e testes (CTS). Após a aprovação, as linhas de produção foram inauguradas na presença de diversas autoridades venezuelanas, incluindo o vice-ministro da Defesa do país, Henry Rodríguez, e o ministro da Indústria e Produção Nacional, Alex Saab.
*Imagens utilizadas para fins ilustrativos
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