Como parte do Programa Global de Combate Aéreo (GCAP), o Reino Unido, a Itália e o Japão anunciaram a criação da Edgewing, uma joint venture entre a BAE Systems, a Leonardo e a Japan Aircraft Industrial Enhancement Co. para projetar e construir um sistema de combate aéreo de sexta geração. O projeto busca garantir a vantagem tecnológica e operacional desses países em um ambiente de ameaças em constante evolução.
A Edgewing será responsável pelo projeto e desenvolvimento da nova aeronave de caça, assumindo a autoridade técnica durante todo o seu ciclo de vida do produto, estimado para além de 2070. O objetivo central desta colaboração é garantir que a aeronave atinja a capacidade operacional até 2035, posicionando-a como referência para responder aos desafios estratégicos das próximas décadas.

A sede da Edgewing ficará localizada em Reading, Reino Unido, com instalações estratégicas na Itália e no Japão para garantir uma colaboração eficaz e unificada. Esta iniciativa internacional será liderada por Marco Zoff, ex-CEO da divisão de aeronáutica da Leonardo, cuja experiência em inovação e programas internacionais fortalecerá a direção deste projeto estratégico.
Gerenciado pela Organização Governamental Internacional GCAP (GIGO), o programa representa uma pedra angular para a segurança e prosperidade dos países envolvidos, fortalecendo a posição de cada país na vanguarda da inovação em defesa aérea. Por meio da Edgewing, a experiência técnica, a confiança mútua e a colaboração trilateral não apenas garantirão a defesa do Reino Unido, da Itália e do Japão, mas também estabelecerão um modelo de crescimento sustentável para a comunidade global de defesa aérea.

Revelado no Farnborough International Airshow de 2024, o projeto do futuro caça GCAP terá como objetivo se tornar uma referência para caças de próxima geração, alcançando um alto grau de interoperabilidade com outros sistemas aéreos e integrando sensores capazes de processar até 10.000 vezes mais dados do que os radares atuais.
Nesse contexto, e dada a possibilidade de atrasos no programa, o Japão está considerando adquirir caças F-35 adicionais dos Estados Unidos para garantir a cobertura de capacidade durante a transição. Essas aeronaves serviriam como uma medida provisória para substituir os Mitsubishi F-2s da Força Aérea de Autodefesa do Japão, cuja aposentadoria está prevista para depois de 2035.

Enquanto isso, o Japão continua recebendo entregas de caças F-35 de quinta geração, sob acordos firmados em 2019, o último dos quais ocorreu em maio deste ano. Essa estratégia garante que a Força Aérea Japonesa mantenha capacidades de ponta enquanto avança na adoção de aeronaves de sexta geração.
A criação da Edgewing consolida um caminho onde experiência, confiança e colaboração trilateral não apenas garantirão a defesa do Reino Unido, Itália e Japão, mas também estabelecerão um modelo de crescimento sustentável e inovação para a comunidade global de defesa aérea para as próximas gerações.
*Imagens usadas para fins ilustrativos.-
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