As Forças Armadas Brasileiras estão intensificando seus preparativos para garantir a segurança durante a próxima cúpula do BRICS, que será realizada nos dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro. Nesse contexto, uma unidade especializada do Hospital da Força Aérea do Galeão (HFAG) participou recentemente de um exercício conjunto com o Exército, a Marinha e o Corpo de Bombeiros, focado no atendimento a ameaças biológicas, nucleares, químicas e radiológicas (BNQR).

O treinamento ocorreu na última terça-feira, 17 de junho, no icônico Forte de Copacabana e teve como objetivo testar os protocolos, equipamentos e capacidades do pessoal diante de um possível ataque durante a cúpula, que contará com a presença de chefes de Estado e delegações internacionais. Durante este treinamento, unidades da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB), da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro realizaram uma demonstração conjunta simulando respostas a potenciais ameaças do tipo BNQR.
Durante o exercício, um cenário de ataque com gás químico foi recriado no meio de uma multidão durante o desembarque de um oficial. As várias forças coordenaram ações importantes, como identificação de ameaças, análise de material suspeito e procedimentos de descontaminação. Por sua vez, a equipe médica da Força Aérea Brasileira (FAB) realizou manobras de atendimento pré-hospitalar a uma vítima contaminada, estabilizando o paciente e, posteriormente, realizando a evacuação aeromédica para um hospital de referência.
O Tenente-Coronel Médico Humberto Silva Fonseca, presidente interino da área de defesa BNQR do HFAG, destacou a capacitação dos profissionais envolvidos, que possuem formação especializada tanto em âmbito nacional quanto internacional. Ele também destacou a disponibilidade de equipamentos de proteção individual e medicamentos específicos para esse tipo de emergência.
“Nesta simulação, resgatamos uma vítima que necessitou de intervenções imediatas para salvar sua vida. Após a identificação do agente químico, aplicamos antídotos, estabilizamos o paciente e o transportamos em uma maca de isolamento para uma unidade especializada. Se necessário, o transporte também pode ser realizado em aeronave da FAB“, explicou o Oficial Silva Fonseca.

Por sua vez, o Tenente-Coronel André Luiz Bifano da Silva, comandante do 1º Batalhão de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear do Exército Brasileiro, elogiou a rapidez e a eficácia da operação. “Em apenas quinze minutos, mobilizamos todos os nossos recursos para detectar a ameaça química, avaliar seu potencial de disseminação, descontaminar as vítimas e realizar evacuações, inclusive por via aérea. Também coletamos amostras para análise laboratorial. Tudo isso demonstra a coesão e a capacidade operacional conjunta de nossas forças”, afirmou.
A realização desse tipo de exercício reafirma o comprometimento das Forças Armadas Brasileiras com a segurança nacional e internacional, principalmente em eventos de alto nível como a cúpula do BRICS, que reunirá potências emergentes para discutir os principais desafios globais.
Imagens: Soldado Bouzin/ III COMAR
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