Ao longo desta semana, foi divulgado que a Turquia já teria concretizado a compra de parte dos aviões C-130J Super Hércules que foram desativados pelo Reino Unido após quase um quarto de século em serviço, estimando-se que os primeiros exemplares cheguem ao país no início de 2026. A novidade foi divulgada por meios especializados após consulta com fontes familiarizadas com a operação, que, sob condição de anonimato, afirmaram que Ancara já está realizando os preparativos para receber os exemplares que reforçarão as capacidades de transporte aéreo da Força Aérea Turca.

Por ora, os relatórios indicam que a compra envolveria um total de 12 aeronaves C-130J Super Hércules que anteriormente operavam sob a Real Força Aérea Britânica, instituição que as retirou de serviço em junho de 2023. Caso o número seja confirmado, isso indicaria que ainda restariam 3 unidades a serem vendidas, entre aquelas que a RAF decidiu armazenar no aeroporto de Cambridge sob os cuidados da empresa Marshall Aerospace, desconhecendo-se até o momento se essas seriam da variante C4 ou C5; das quais permanecem armazenados 13 e 2 aviões, respectivamente.
Cabe destacar que informes anteriores também apontavam que a Força Aérea da Turquia já tinha em andamento seu próprio plano de extensão da vida útil de suas aeronaves C-130, conhecido como ERCIYES. Embora os detalhes do programa não sejam amplamente conhecidos, pode-se afirmar que ele está focado na incorporação de um maior nível de digitalização da plataforma, novos visores noturnos para a tripulação, sistemas de navegação e anticolisão, entre outros elementos.

Essa questão não deixa de ser relevante, considerando que, se for bem-sucedido, o programa poderá compartilhar desenvolvimentos com as unidades adquiridas do Reino Unido, possibilitando sua operação por vários anos além do previsto. Os planos anteriores da Real Força Aérea previam a manutenção de até 14 aviões até o ano de 2035, embora posteriormente tenham sido substituídos por um plano que contempla apenas as plataformas Airbus A400M e Boeing C-17A Globemaster III.
Retomando a questão do destino das aeronaves armazenadas, vale lembrar que esses não seriam os primeiros C-130J desativados vendidos pelo Reino Unido a parceiros estrangeiros, demonstrando a intenção britânica de capitalizar suas plataformas mesmo após uma retirada precoce. Nesse sentido, destaca-se a venda de cinco aeronaves à Força Aérea de Bangladesh, por meio de contratos firmados em 2018 (compra das duas primeiras unidades) e 2019 (expansão com mais três), utilizadas principalmente para missões de transporte e humanitárias. Além disso, Londres conseguiu concretizar a venda de duas unidades à Força Aérea do Bahrein e outra adicional aos EUA, que a adquiriu com o objetivo de utilizá-la como avião de apoio para seu esquadrão acrobático “Blue Angels”.
Imagens utilizadas apenas para fins ilustrativos
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