Buscando fortalecer as capacidades de ataque de seus caças F-35A de origem norte-americana, a Força Aérea da Noruega celebrou a recepção do primeiro de seus novos mísseis de cruzeiro JSM, fabricado pela empresa local Kongsberg. Com esse marco alcançado ontem, a Noruega torna-se pioneira ao incorporar tal armamento ao seu arsenal, abrindo caminho para sua futura entrada nos inventários da Austrália, dos Estados Unidos e do Japão.

Sobre isso se manifestou o ministro da Defesa norueguês, Tore O. Sandvik, que afirmou: “O JSM é um excelente exemplo do que podemos alcançar quando o setor de defesa e a indústria da Noruega trabalham juntos. Este míssil nos dá a capacidade de localizar e neutralizar alvos fortemente defendidos a longa distância, com alta precisão e baixo risco de detecção. É a primeira arma que permite a nações pequenas como a Noruega representar uma ameaça séria a alvos bem protegidos tanto em terra quanto no mar. O míssil entregue marca um marco histórico na história da defesa norueguesa e internacional.”

Cabe recordar, neste ponto, que o JSM constitui-se como um míssil de cruzeiro de longo alcance, caracterizado, entre outras coisas, por possuir modernos sensores infravermelhos que lhe permitem detectar e fixar ameaças de forma autônoma, além de apresentar um sistema de navegação capaz de aceitar mudanças de rumo em pleno voo para evitar defesas inimigas. Trata-se de um sistema desenvolvido a partir do míssil Naval Strike Missile (NSM), o qual é altamente eficaz contra alvos navais e terrestres, com a diferença de que o JSM é lançado a partir do ar, e não da superfície.

Aprofundando em alguns detalhes, destaca-se que se trata de um armamento em desenvolvimento desde 2004, contando com o apoio da empresa norte-americana Raytheon desde 2008 — subsidiária da RTX Corporation, com a qual também se trabalhou no projeto do sistema de defesa aérea NASAMS. Como um dos frutos dessa cooperação, a Kongsberg conseguiu que seu JSM fosse compatível com qualquer estação de armas do caça F-35, inclusive sua baía interna, preservando assim sua capacidade furtiva, com um alcance estimado de 280 quilômetros.

Retomando o mencionado sobre a futura adoção do míssil pelas Forças Aéreas da Austrália, dos Estados Unidos e do Japão, vale mencionar que todas optaram por adquirir o F-35A, e por isso também poderão usufruir dos benefícios anteriormente destacados. No primeiro caso, Camberra investiu mais de 96 milhões de dólares para adquirir os novos mísseis JSM, confirmando a novidade em setembro de 2024. Por sua vez, Washington ampliou seus pedidos em janeiro deste ano, elevando o valor total da compra para 207,9 milhões de dólares, enquanto Tóquio também aumentou o número de mísseis a serem adquiridos em novembro de 2024, com mais de 172,7 milhões de dólares investidos.

*Créditos das imagens: @Forsvarsdep no X

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