Enquanto o estado atual do programa de recuperação e manutenção do porta-aviões Almirante Kuznetsov, da Marinha Russa, continua cercado de incertezas, isso não impediu que os caças de seu Grupo Aéreo Embarcado continuem sendo utilizados em patrulhas de vigilância e treinamentos. É o que demonstram os mais recentes exercícios realizados pelos caças MiG-29K/KUB na Península de Kola e no Mar de Barents.

Desde o dia 8 de abril, e diante da crescente importância estratégica do Ártico para a Rússia, a Frota do Norte da Marinha Russa confirmou o início de novos treinamentos na região. Segundo os relatos, as atividades envolvem a participação de 1.300 militares, com o emprego de 20 navios, submarinos, unidades de apoio e aeronaves de combate.
Entre estas aeronaves estão os caças embarcados MiG-29K/KUB, que pertencem ao Grupo Aéreo Embarcado (GAE) do porta-aviões Almirante Kuznetsov, que, conforme relatado anteriormente, segue fora de serviço e passa por um programa de recuperação e manutenção.

Apesar dos anúncios feitos repetidamente por autoridades e porta-vozes da força, esse programa tem enfrentado atrasos contínuos desde seu início em 2017. Para citar um exemplo, no início de 2023, Alexey Rakhmanov, CEO do conglomerado russo de construção naval United Shipbuilding Corporation (USC), afirmou que os trabalhos no único porta-aviões da Rússia seriam concluídos em 2024 — o que ainda não ocorreu.
Esses atrasos prolongados na reativação do navio se explicam, em parte, pelas diversas adversidades enfrentadas ao longo dos últimos anos. Como noticiamos anteriormente, o Almirante Kuznetsov sofreu “… diversos acidentes desde 2017. Entre eles: o colapso e afundamento do dique flutuante PD-50, ocorrido no 82º Estaleiro de Reparos Navais em outubro de 2018; além de um incêndio de grande proporção em dezembro de 2019”.

Mesmo assim, como apontado, as aeronaves de seu GAE continuam sendo utilizadas pela Marinha Russa em exercícios e missões de vigilância no extremo norte do país, assim como em outras localidades.
Os exercícios mais recentes ocorreram no contexto das manobras iniciadas em 8 de abril, durante as quais os MiG-29K/KUB teriam sido empregados como aeronaves atacantes, simulando ataques contra instalações e infraestruturas críticas. Estas, por sua vez, foram defendidas por formações navais russas por meio de seus sistemas de defesa aérea.
“As tripulações dos caças multifuncionais MiG-29K realizaram combates aéreos contra alvos manobráveis e não manobráveis, praticando manobras de pilotagem simples e complexas em diferentes altitudes”, informou a Frota do Norte.
Também foi informado que a atividade serviu para treinar novas turmas de pilotos — sem especificar se também incluía os MiG-29 embarcados —, que realizaram suas primeiras missões de patrulha e interceptação aérea.

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