Como parte da Feira Internacional de Defesa e Segurança LAAD 2025, a Marinha do Brasil confirmou seu interesse em adquirir os navios de assalto anfíbio da classe LPD que o Reino Unido está em processo de descomissionamento. Isso ocorre após a assinatura de um acordo no qual a força solicitou informações à Marinha Real Britânica sobre as condições dos navios que serão desativados em breve, conforme o Ministério da Defesa declarou em diversas ocasiões.

Desde o final do ano passado, com a tomada de posse do novo governo trabalhista no Reino Unido, foi confirmado que ele avançará com o descomissionamento de um número significativo de embarcações de apoio pertencentes à Marinha Real e à Frota Auxiliar Real. Entre eles, destacam-se os dois navios de assalto anfíbio, o HMS Albion e o HMS Bulwark, um processo que gerou e continua gerando críticas e acusações de “vender incorretamente” dessas unidades a terceiros países.
Dada essa situação, foi relatado que a Marinha do Brasil está entre os potenciais compradores de um ou ambos os navios de assalto anfíbio que estão sendo aposentados pelo Reino Unido. Mais precisamente, o HMS Bulwark, que se diz estar nas melhores condições para retornar ao serviço.

Com um deslocamento de 18.500 toneladas, esses navios têm capacidade para transportar até 305 fuzileiros navais (expansível para 405 em configurações especiais) e operar helicópteros pesados e embarcações de desembarque. Essas unidades representam plataformas versáteis tanto para projeção de força quanto para assistência humanitária e evacuações, o que é especialmente relevante devido às severas inundações que o país sul-americano sofreu e continua sofrendo.
Entre os últimos acontecimentos, durante a Feira LAAD, representantes da Marinha do Brasil e da Marinha Real Britânica assinaram uma Carta de Informação e um Memorando de Entendimento, por meio dos quais a força solicita dados e informações sobre a situação dos referidos navios de assalto anfíbio.

A força declarou: “O acordo foi formalizado no ano que marca o bicentenário das relações diplomáticas entre o Brasil e o Reino Unido, e a aquisição dessas embarcações britânicas representa um reforço significativo do poder naval brasileiro. Essa classe de embarcações se destaca pela capacidade de realizar operações humanitárias, responder a emergências e desastres públicos, além de dar suporte à Defesa Civil e desempenhar seu tradicional papel de projeção de poder.“
Conforme declaração oficial: “Temos observado a necessidade de embarcações da Marinha para auxiliar a população em caso de diversos desastres decorrentes das variações climáticas, como as enchentes ocorridas em São Sebastião (SP) em 2023 e no Rio Grande do Sul em 2024“, disse o Diretor-Geral de Material da Marinha, Almirante-de-Esquadra Edgar Luiz Siqueira Barbosa.

Por fim, e caso a aquisição seja concretizada, ambos os navios passarão por um processo de revisão e substituição de diversos equipamentos sensíveis, o que permitiu que ambas as unidades operassem como parte da OTAN. Esse processo seria semelhante ao sofrido pelo porta-helicópteros HMS Ocean, antes de sua transferência para a Marinha do Brasil anos atrás, navio que hoje opera sob bandeira brasileira com o nome NAM Atlântico (A140).
*Fotografias utilizadas para fins ilustrativos.
Você pode estar interessado em: ZM na LAAD 2025 – Mac Jee revela o foguete RATO 14X, que lançará o futuro veículo hipersônico da Força Aérea Brasileira





