Dando continuidade à nossa cobertura da Feira Internacional de Defesa e Segurança LAAD 2025, a Zona Militar teve a oportunidade de dialogar com representantes da empresa israelense Plasan. Reconhecida por sua inovação em equipamentos para forças de segurança, a empresa continua expandindo sua presença no mercado internacional com o desenvolvimento de novos veículos blindados táticos e uma variedade de soluções versáteis para enfrentar ameaças modernas.

Soluções e veículos blindados apresentados na LAAD

Uma das principais propostas apresentadas na LAAD é o Veículo Blindado Tático Leve Sandcat Tigris. Este modelo, fundamental para o fortalecimento do vínculo bilateral entre Israel e Brasil, é apresentado como uma solução integral, capaz de se adaptar a múltiplas missões e tarefas, como segurança interna, manutenção da paz e patrulhamento de fronteiras, entre outras. Lançado oficialmente em 2022, o Tigris foi amplamente otimizado para cumprir missões em que o espaço e a proteção são prioridades.

Este modelo oferece um design otimizado com um chassi COTS (Commercial off the Shelf) e espaço suficiente para transportar até cinco militares totalmente equipados, além de uma configuração de cabine unificada para oito ocupantes. Conta com um motor turbo diesel de 6,7 litros com 300 HP de potência e capacidade de carga de 2.300 quilogramas.

Outro modelo de relevância é o SandCat MkV, projetado para operações urbanas onde a proteção e a manobrabilidade são essenciais. Este veículo monocasco conta com um blindagem composta avançada, proteção contra granadas e IEDs, além de uma ampla otimização da mobilidade em ambientes de alta exigência.

O SandCat MkV possui uma altura de 2,5 metros sem acessórios e um comprimento de 2,3 metros. Sua carga útil de 2.000 quilogramas e sua proteção B7/STANAG 4569 de nível II permitem o blindamento integral do veículo, desde o piso até o teto, contra qualquer ameaça, incluindo explosões e capotamentos. Além disso, o veículo pode ser equipado com estações de armas operadas remotamente a partir da segurança do habitáculo.

A Plasan também impulsionou na LAAD a apresentação de outras soluções, como o renomado Plasan Re’em, baseado na plataforma Toyota Hilux. Adaptado especialmente para forças policiais e de segurança, este veículo permite que os agentes operem sem a necessidade de sair do habitáculo, maximizando sua segurança em situações de risco.

A cadeia produtiva da Plasan

Uma das características-chave da Plasan reside no foco na pesquisa e desenvolvimento de materiais balísticos e soluções totalmente integradas. A empresa não busca apenas montar os veículos, mas aprofundar-se na construção e adaptabilidade de seus produtos.

A Zona Militar teve a oportunidade de conversar com Hadar Beker, Diretora de Marketing da Plasan Reem, e Bárbara Rosenvaser, Diretora Regional de Marketing da Plasan Sasa para a América Latina, que detalharam a operacionalidade da empresa. Elas afirmaram que a Plasan conta com múltiplos laboratórios especializados em balística, materiais e estudos do comportamento dos materiais, entre outros. Essa infraestrutura permite o desenvolvimento de soluções focadas no perfil do usuário. As duas executivas enfatizaram a importância do trabalho de campo realizado pela empresa, o que possibilita estudar os materiais, compreender as necessidades do cliente, conhecer os veículos e oferecer soluções adequadas.

De maneira geral, a Plasan desenvolve soluções modulares que facilitam a montagem sem a necessidade de soldagem, permitindo uma instalação mais simples e acessível economicamente. A empresa utiliza, por exemplo, plataformas civis fáceis de adquirir de fabricantes como a Toyota, para depois aprimorá-las com blindagem, proteção antiminas e outras melhorias.

Para a empresa, o objetivo é transformar essas plataformas comerciais em veículos blindados que possam ser utilizados por forças policiais ou militares, ou até mesmo desenvolver um veículo blindado do zero. No entanto, a Plasan permite que seus parceiros realizem o trabalho de montagem e fabricação em seus próprios países, sem a necessidade de importar os materiais de Israel.

O Brasil é um exemplo claro desse modelo. No país, a Plasan oferece soluções de alto nível a um custo reduzido, pois o trabalho é realizado em suas próprias fábricas, incentivando também a geração de empregos e a troca de tecnologia.

“Não se trata de educar o cliente, mas de entender suas necessidades para oferecer uma solução. Cada país tem requisitos diferentes; nossa missão é compreender o que eles precisam e buscar a melhor resposta”, destacaram as executivas.

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