Apesar das crescentes dúvidas europeias sobre a confiabilidade dos caças F-35 dos EUA, a Rheinmetall anunciou recentemente que sua nova fábrica de fuselagens para os caças stealth em questão está se preparando para iniciar a produção em julho de 2025, em uma fábrica localizada na cidade alemã de Weeze. Esta notícia não é de forma alguma um acontecimento menor, considerando que até 400 novas fuselagens estão planejadas para serem fabricadas nas instalações mencionadas, refletindo o comprometimento da Força Aérea Alemã e seus aliados com o programa F-35.

Especificamente, a empresa anunciou por meio de suas mídias sociais que já recebeu diversas remessas de máquinas e suprimentos dos EUA antes da data planejada de início da produção; cerca de 35 caminhões de transporte pesado foram relatados. Nessa linha, a Rheinmetall afirmou que espera avançar com a instalação deste equipamento fornecido por uma das subcontratadas do programa F-35, a Northrop Grumman, em um futuro próximo.
Vale lembrar neste ponto que a referida empresa alemã assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com a Lockheed Martin desde 2023 para realizar a produção de componentes para a plataforma de quinta geração, buscando assim ampliar a rede industrial capaz de produzir caças F-35. Dessa forma, a Alemanha se juntaria à Itália para sediar pelo menos uma instalação desse tipo, e a Finlândia também poderia se juntar ao esforço, avançando na construção de um novo centro de motores F135 que dará suporte à frota adquirida pelo país nórdico.

Além disso, voltando ao que foi mencionado nas linhas iniciais, vale ressaltar que os passos adiante dados pela Rheinmetall acontecem em meio a fortes dúvidas em países do Velho Continente quanto às suas aquisições da aeronave stealth. Como informamos em 14 de março, o Ministro da Defesa português, Nuno Melo, anunciou em uma entrevista que seu país reconsideraria seu plano de aquisição de F-35s para substituir seus atuais F-16s. Em outros países, como Bélgica e Suíça, rumores sobre um suposto “interruptor de segurança” instalado nessas aeronaves cresceram a ponto de terem que ser negados pelas autoridades governamentais; No caso alemão, esse mito também existe amplamente.
Por enquanto, na ausência de anúncios oficiais sobre qualquer possível retirada de países europeus do programa F-35, é seguro assumir que a nova fábrica em Weeze acelerará as entregas de aeronaves aos parceiros do programa. Considerando sua localização geográfica, nações em processo de formação de suas frotas, como Dinamarca, Holanda e Noruega, além da própria Alemanha (que adquiriu um total de 35 unidades e armas por US$ 8,4 bilhões), poderiam se beneficiar muito com a implementação da instalação; Considerando que algumas dessas entregas apresentam diversos atrasos em seu histórico.
*Imagens utilizadas para fins ilustrativos
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