Em um novo relatório do Ministério da Defesa de Taiwan, foi confirmado que as Forças Armadas Taiwanesas receberão seu segundo lote de novos sistemas de artilharia de alta mobilidade M142 HIMARS em 2026, um ano antes do previsto originalmente. Segundo o cronograma original, a entrega dessa remessa estava prevista para 2027. No entanto, as autoridades locais apresentaram ao Yuan Legislativo um novo relatório com os avanços no processo de incorporação de equipamentos militares adquiridos dos Estados Unidos, onde se reafirma novamente que as 18 unidades restantes devem ser recebidas durante o próximo ano, complementando as unidades incorporadas em 2024.

Esta segunda entrega de unidades faz parte de uma compra que originalmente incluía onze (11) unidades no âmbito do “Projeto Honglei”. Diante da necessidade de fortalecer ainda mais suas capacidades de apoio de fogo e ataque a longas distâncias, o Ministério da Defesa taiwanês decidiu ampliar o alcance da operação, adicionando 18 unidades adicionais, em vez de optar pela compra de novos obuses autopropulsados M109A6 Paladin. Esta ampliação elevou o pedido total para 29 sistemas de artilharia de alta mobilidade, o que implicou um investimento aproximado de USD 1,010 milhões.
Inicialmente, os primeiros 11 HIMARS foram confirmados para entrega em um prazo estimado entre 2024 e 2025. O avanço nos cronogramas responde a uma decisão do governo dos EUA de aumentar a produção de HIMARS, assim como de suas munições GMLRS e subtipos, para atender à crescente demanda pelo sistema de artilharia, tanto a nível local, quanto internacional, com pedidos firmes de vários aliados europeus e asiáticos dos Estados Unidos.

Em relação aos 18 sistemas adicionais, cuja entrega estava prevista inicialmente entre 2027 e 2028, em novembro de 2024 foi confirmado que a entrega seria antecipada para 2026. Este segundo lote é considerado fundamental para aumentar a capacidade de resposta rápida de Taiwan e garantir a defesa de suas ilhas periféricas, especialmente no contexto de possíveis cenários de invasão anfíbia por parte da China, uma ameaça latente no marco das tensões no estreito de Taiwan.
Os M142 HIMARS representam uma melhoria significativa nas capacidades de artilharia móvel taiwanesa devido à sua versatilidade e capacidade de disparo de precisão a longas distâncias. Cada unidade é capaz de lançar uma variedade de munições, incluindo foguetes guiados por GPS e mísseis de longo alcance, proporcionando às Forças Armadas de Taiwan um recurso móvel, altamente eficaz e testado em combate. Esse tipo de artilharia de alta mobilidade permite uma rápida redistribuição em diferentes pontos geográficos da ilha e das áreas circundantes, o que é essencial na estratégia defensiva de Taiwan diante de ameaças que possam surgir em um contexto de escalada militar na região.

Por fim, uma vez incorporados os HIMARS restantes em 2026, as Forças Armadas de Taiwan avaliam retomar a intenção de incorporar novos obuses autopropulsados Paladin. Essa notícia, embora tenha sido antecipada em 2023, foi confirmada em meados de dezembro de 2024, quando a mídia local indicou que, devido a um programa de reestruturação e modernização dos sistemas de artilharia do Exército taiwanês, ou “Projeto Ruiting”, as autoridades estavam analisando a opção de adquirir novos M109A7 Paladin.
Atualmente, a força dispõe no segmento de veículos de combate de artilharia de uma frota composta por obuses autopropulsados M109A2 e M109A5 adquiridos dos Estados Unidos, e que estão em serviço há 30 anos. A escolha da versão mais moderna do VCA de origem americana, juntamente com os HIMARS incorporados, visa fortalecer a Estratégia Defensiva adotada pelas Forças Armadas taiwanesas, entre as quais se priorizam capacidades de combate assimétricas.





