Graças a uma série de declarações e licitações públicas, a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) deu a entender que seus caças QF-16 permanecerão em serviço até pelo menos o ano de 2035. Popularmente chamados de “F-16 Zumbis” pela comunidade de especialistas, esses aviões são usados como alvos para testes de tiro com mísseis. No entanto, o surgimento de novas ameaças aéreas furtivas por parte de potências rivais exige que a força explore possíveis substitutos que também possuam essas características.

Em meados de janeiro passado, o Departamento de Defesa dos EUA tornou pública uma licitação emitida pela Força Aérea para a prestação de diversos serviços de manutenção e suporte para suas aeronaves. A particularidade deste processo está no fato de que os aviões em questão são os QF-16 utilizados como alvos aéreos pela força.

No site oficial de contratações do governo dos EUA, o aviso publicado em 18 de fevereiro indica que: “O Departamento de Contratação de F-16 (WAMKA) do Centro de Gestão do Ciclo de Vida da Força Aérea (AFLCMC) da USAF busca conceder um contrato de tipo entrega indefinida/quantidade indefinida para fornecer suporte logístico do contratante (CLS) pós-produção para o sistema QF-16 em serviço, bem como o reparo ou substituição do Equipamento Peculiar de Drones (DPE) e do Equipamento de Suporte Peculiar (PSE).”

“O escritório do programa precisa manter a frota de aproximadamente 90 QF-16 por mais 10 anos”, acrescentou o aviso. “O pacote de dados técnicos e outros direitos de dados necessários para a manutenção do software e hardware podem não estar disponíveis sem uma parceria com o fabricante original (OEM). Um pacote de dados técnicos limitado está disponível mediante solicitação para obter detalhes adicionais sobre este possível requisito.”

Além da publicação mencionada, a própria Força Aérea dos EUA confirmou que espera continuar operando seus F-16 Zumbis até bem dentro da década de 2030. Segundo declarações publicadas pelo portal The War Zone: “Atualmente, planeja-se utilizar o QF-16 até a década de 2030”, afirmou um porta-voz da USAF, acrescentando: “O esforço de sustentação garante a aeronavegabilidade da frota e o cumprimento dos requisitos de segurança no campo de testes.”

Aprofundando-se nos detalhes, os F-16 zumbificados podem continuar sendo pilotados por um piloto para fins de treinamento e formação, além de desempenhar outras funções experimentais. No entanto, sua principal função continua sendo a de alvo aéreo para exercícios de tiro ou testes com novos mísseis. Isso significa que sua vida útil gira em torno de 300 horas de voo.

O processo de conversão, que pode ser realizado tanto pela Lockheed Martin, fabricante atual do F-16, quanto pela Boeing, que possui instalações específicas para esse fim, tem um custo entre um e dois milhões de dólares.

Atualmente, os QF-16 operam a partir da Base Aérea de Tyndall, no estado da Flórida, e da Base Aérea de Holloman, no estado do Novo México, sendo utilizados, respectivamente, nos campos de tiro sobre o Golfo do México e no campo de tiro de mísseis de White Sands.

Entretanto, como já foi mencionado, o surgimento de novos caças furtivos por parte de potências rivais, como a China, impõe exigências que os QF-16 não podem cumprir para simular aeronaves de quinta geração com tecnologia stealth. A situação é tal que está sendo avaliada a possibilidade de manter uma pequena frota de F-117 em serviço até 2034 para ser utilizada na formação de novos pilotos e em diversos tipos de testes.

Imagens usadas apenas para fins ilustrativos.

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