Apesar do recente acordo firmado com a Israel Aerospace Industries para a manutenção de seus Kfir, a Força Aeroespacial Colombiana apenas ganhou tempo para avançar na seleção e aquisição de um novo caça multifuncional que substitua os “filhotes de leão”. No entanto, o processo tem sido marcado por reviravoltas, tendo, até o momento, como principais candidatos o F-16 Fighting Falcon e o JAS-39 Gripen E, da empresa sueca Saab.

O mais recente episódio envolveu representantes oficiais da Saab, que vieram a público nesta quinta-feira, 25 de janeiro, para desmentir acusações feitas por veículos de imprensa.
Segundo as alegações divulgadas por esses meios, os Estados Unidos, buscando favorecer sua oferta de caças F-16 para a Colômbia, vetariam as licenças para o uso dos motores General Electric F414G que equipam o Saab Gripen E, além de possivelmente restringir outros sistemas utilizados pela aeronave de combate.

Além disso, mencionou-se que o governo dos EUA busca agendar uma reunião com o novo Ministro da Defesa colombiano para destacar as vantagens do F-16 sobre outros concorrentes, além de enfatizar o aumento na interoperabilidade entre as Forças Armadas de ambos os países.
Poucas horas após a circulação da notícia, Richard Smith, vice-diretor de Marketing e Vendas do Gripen na Saab AB, se pronunciou na rede social X e negou as alegações feitas pelo referido veículo de imprensa. Sobre o assunto, o representante da Saab declarou: “Normalmente, não comento esse tipo de publicação; no entanto, esta publicação e as informações nela contidas não são precisas nem verídicas. Elas enganam o leitor. Todas as licenças e permissões pertinentes estão em conformidade. O Gripen E, juntamente com o pacote logístico e industrial, é a opção perfeita para a Colômbia.”

Apesar das declarações do executivo da Saab, a empresa sueca ainda não divulgou um comunicado oficial detalhando sua posição sobre as alegações feitas pela imprensa.
Independentemente desse novo desdobramento, a questão central permanece: a necessidade inadiável de substituir os Kfir colombianos, para evitar que a Força Aeroespacial tenha que desativá-los sem um substituto definido e com o processo de incorporação de uma nova plataforma de combate ainda em andamento. O único consenso até o momento tem sido a reiterada manifestação do governo colombiano sobre a intenção de concretizar essa aquisição, embora sem tomar medidas concretas para transformá-la em realidade.





