Com o objetivo de continuar o desenvolvimento de novas versões derivadas do míssil antinavio MANSUP, a Marinha do Brasil e a empresa brasileira SIATT assinaram um Acordo de Cooperação Técnica para a criação de uma variante ar-superfície. A assinatura do acordo ocorreu em Abu Dhabi, durante a feira de defesa IDEX 2025, e representa um novo marco na evolução da indústria de defesa brasileira.

O principal objetivo dessa colaboração é fortalecer a capacidade da indústria de defesa do Brasil por meio do desenvolvimento de uma família de mísseis baseada na tecnologia do MANSUP. Essa iniciativa contempla novas variantes do sistema, incluindo uma versão superfície-ar (SAM) e outra ar-superfície (ASM). A estratégia segue uma abordagem semelhante à do míssil Exocet, cujo design inicial como sistema superfície-superfície (MM38) evoluiu até a bem-sucedida versão ar-superfície AM39, amplamente adotada internacionalmente.

O acordo foi assinado por Rogerio Salvador, CEO da SIATT, e pelo Vice-Almirante Carlos Henrique Zampieri, Diretor de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM), na presença do Almirante Marcos Olsen, Comandante da Marinha do Brasil, do Almirante Edgar Barbosa, Diretor-Geral do Material da Marinha (DGMM), e de Rodrigo Torres, CFO do Grupo EDGE.
Para Rogerio Salvador, esse acordo reforça a confiança da Marinha do Brasil na SIATT e consolida a relação estratégica entre ambas as partes. Do ponto de vista da DSAM, a intenção é aproveitar o sucesso do MANSUP para expandir as capacidades do armamento naval brasileiro. Nesse sentido, o Vice-Almirante Zampieri destacou “o orgulho da Marinha do Brasil em trabalhar com a SIATT no desenvolvimento de um conceito operacional para uma futura família de mísseis, que incluirá versões superfície-superfície e ar-superfície destinadas a equipar a frota do amanhã”.

Esse avanço se soma aos recentes êxitos na consolidação do MANSUP como sistema operacional. Em dezembro de 2024, a SIATT realizou com sucesso o primeiro lançamento de um míssil MANSUP a partir de uma plataforma terrestre, utilizando um lançador ASTROS operado pela Infantaria da Marinha do Brasil. O teste, realizado na Restinga da Marambaia, contou com a supervisão da Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha e o apoio do Centro de Avaliações do Exército Brasileiro.
*Imagem de capa utilizada apenas para fins ilustrativos.-
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