Enquanto ainda se busca esclarecer os fatos que levaram à colisão entre o USS Harry S. Truman (CVN 75) e um navio mercante no Mediterrâneo, a Marinha dos Estados Unidos (US Navy) publicou a primeira fotografia na qual é possível observar os danos sofridos pelo porta-aviões de propulsão nuclear. A divulgação oficial não tem outra finalidade senão fornecer uma atualização sobre o estado operacional do navio, além de permitir uma melhor compreensão dos detalhes do incidente ocorrido em 12 de fevereiro, mas divulgado pela Sexta Frota dos EUA apenas ontem.

Como amplamente noticiado, no dia 12 de fevereiro, às 23h46 no horário local, o porta-aviões de propulsão nuclear USS Harry S. Truman (CVN 75) e o Besiktas-M colidiram em águas próximas ao porto de Said, no Egito. Em primeiro lugar, a Sexta Frota dos Estados Unidos indicou que os danos causados pela colisão não foram graves nem comprometeram os sistemas de propulsão do navio. Além disso, não houve vítimas ou feridos, conforme detalhado no comunicado oficial de 13 de fevereiro.
Com o passar das horas, começaram a circular diversas imagens divulgadas pela tripulação do Besiktas-M, mostrando os danos sofridos pelo navio mercante. Em mais detalhes, conforme apontado por fontes de informação abertas (OSINT), o “…carretel do cabo de amarração se desprendeu e houve danos na borda do escotilhão da proa a estibordo”, segundo detalhou Sal Mercogliano na rede social X (ex-Twitter).

No entanto, grande parte do interesse da comunidade de especialistas concentrou-se em conhecer o grau de danos sofrido pelo porta-aviões de propulsão nuclear, que teria sido atingido pela seção de proa a estibordo do navio mercante. Essa dúvida foi recentemente esclarecida com a divulgação da primeira fotografia do USS Harry S. Truman após a colisão no Mediterrâneo.
De acordo com a legenda da fotografia, ela indica que: “Danos externos do USS Harry S. Truman (CVN 75) vistos a partir de uma lancha inflável de casco rígido de um navio, após uma colisão com o navio mercante Besiktas-M em 12 de fevereiro, enquanto operava nas proximidades de Port Said, Egito. O USS Harry S. Truman, navio-capitânia do Grupo de Ataque do Porta-Aviões Harry S. Truman (HSTCSG), está em um desdobramento programado na área de operações da 6.ª Frota dos EUA, apoiando as Forças Navais dos EUA na Europa e na África para defender os interesses dos EUA, seus aliados e parceiros.”
Em relação aos detalhes, a colisão com o navio mercante parece ter danificado uma das plataformas de observação localizadas no lado de estibordo do porta-aviões, logo após um dos elevadores utilizados para o transporte de aeronaves e outros equipamentos até o convés de voo. Em diversas publicações, a Sexta Frota dos EUA indicou que o elevador não sofreu danos, o que poderia ter limitado a capacidade do navio de lançar aeronaves.

Outro detalhe mais aprofundado, relacionando os danos na plataforma e no convés do navio mercante, poderia indicar que, momentos antes da colisão, a tripulação do Besiktas-M pode ter tentado realizar uma manobra brusca. No entanto, todas essas hipóteses estão sendo analisadas pela Junta Investigadora.
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